FILOSOFIA ESPÍRITA - VOLUME VIII

 

Questão 395 comentada

CAPÍTULO 38

0395/LE

SABER O PASSADO

 

O passado de todos nós nem sempre pode ser revisto e, certamente, conhecido, como já falamos em mensagens anteriores, contudo, não podemos generalizar todos os casos.

Algumas pessoas ficam sabendo de um pouco do seu passado por revelações espirituais, quando sabem fazer bom uso destas revelações. Pouquíssimos têm alguma lembrança das suas vidas passadas; para tudo existe o mérito que corresponde às necessidades. Saber do passado é responsabilidade da alma frente ao seu porvir.

Às vezes, nem os Espíritos de certa evolução têm permissão para lembrar de todo o seu passado. Tudo é gradativo, de sorte a ser suportado pelos sentimentos. Carga pesada demais pode estragar todas as possibilidades que surgem na vida.

Quem deseja crescer nos seus caminhos para Cristo, deve se esforçar, alimentando a fé e fazendo desabrochar o amor no coração. Para tanto, devemos imitar o exemplo de vida de grandes Espíritos que passaram por este mundo, e dentre todos o maior é Jesus Cristo, padrão incomparável da bondade e do amor, lição viva para toda a humanidade.

Muitos companheiros do plano físico desejam ardentemente saber do seu passado, porém, se souberem da realidade, entristecer-se-ão nos caminhos, diante dos reparos que deverão fazer, por vezes com a própria vida. Ficando os seus registros no baú do esquecimento, é bem melhor para as lutas que se deve empreender. Se fosse permitido falar do passado a todas as criaturas, haveria muitas histórias para serem contadas, e muitos livros para serem escritos. Por enquanto, o silêncio é a resposta. Quem deve aprumar vôo para o desconhecido em aparelhos materiais, não deve fixar o pensamento nos antigos instrumentos de viagem e sim, naquele que esta usando no momento.

As próprias enfermidades que o Espírito escolheu no mundo espiritual, que agirão como esponja do seu passado, ficam escondidas nas suas lembranças, refletindo por ondas espirituais, no seu presente, porque se a alma tivesse pleno conhecimento do ocorrido, poderia não deixar acontecer o que ela mesmo escolheu para o seu resgate espiritual. Parece, aos olhos que ignoram a verdade, que está pagando pelo que se encontra no seu inconsciente, mas não é. O que podemos dizer é que o carma se encontra no silêncio, mas vivo e presente na sua intimidade espiritual, de maneira a mostrar ao Espírito que as provas são processos de despertamento espiritual, capazes de acender a luz no coração e fazer abrir as comportas do amor, na fonte da consciência.

Meditemos coisas agradáveis que devemos fazer com os outros; meditemos no amor que devemos amar os nossos semelhantes; meditemos na caridade, aquela que não julga e não se vende, que Jesus inspirara nossos sentimentos para a verdadeira fraternidade.

Estudemos, conversemos e compreendamos, sim o passado, mas o de Jesus, porque ele é luz, é escola para todas criaturas. Ele é libertação para os Espíritos. Não convém pensar nem sentir as trevas, pois elas impedem o crescimento da alma.

Se queremos saber das nossas vidas anteriores, e temos pressa de sabê-lo basta que analisemos a nossa existência atual. Vejamos o que não deveríamos ter feito e consertemo-lo. Coloquemos na pauta da evidência esse trabalho interno, e comecemos hoje mesmo lutando contra as nossas inferioridades, que Jesus aparecerá ao nosso lado, ajudando-nos a carregar a nossa cruz e inspirando-nos no trato com as forças espirituais.

Saber o passado de outras existências, somente para quem granjeou para tal conhecimento.

 

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