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REPULSÃO INSTINTIVA
A repulsão instintiva de uma pessoa para com a outra é antipatia que vem
do passado ou, igualmente, instinto com diferenciação na sua estrutura
intrínseca.
Cada um de nós geramos um tipo de magnetismo, cuja força é boa ou má,
dependendo dos sentimentos que imprimimos nessas vibrações. Cabe a cada um
analisar o seu magnetismo e cuidar dele, de modo que seu uso seja de
proveito para si e para os outros. Torna-se justo que possamos também
verificar o tipo de magnetismo dos outros, sem alarde, somente para
indicação do que devemos fazer em favor do irmão em pauta.
Se sentimos ou viermos a sentir repulsão por alguém em caminho, em
família, que é o mais comum, não nos revoltemos com essa depressão
magnética do irmão; aliviemos seu fardo com orações em seu favor, pedindo
a Deus para que abra os canais da amizade, e o melhor meio é a força da
caridade, de maneira a atingir seu coração.
Quando a antipatia é do passado, ela se enraíza mais nas fibras da alma e
os dois antagonistas, ao se encontrarem, permutam um campo de força
negativa entre si, intoxicando os centros de força, o que, ao mesmo tempo,
afeta o sistema nervoso, deprimindo os órgãos do corpo físico.
Assim como o ódio é o inferno vivo dentro da alma, o amor é o céu no país
da consciência. A Doutrina dos Espíritos, essa beleza espiritual para cuja
codificação Allan Kardec serviu de instrumento, nos mostra o Cristo na Sua
plenitude, despejando ensinamentos por todos os lados e nos fazendo
entender os mais puros conceitos de vida.
Kardec foi, no século passado, o mais lúcido discípulo de Jesus que pisou
o solo da nossa querida França, com a missão de acender a luz para todo o
mundo. O grande valor da Doutrina dos Espíritos é não ser estática; ela
avança com o progresso em todas as necessidades de caminhar, subindo para
planos que o homem ainda não percebe. É de posse da filosofia espírita que
vamos limpando nossa vida de todas as antipatias que sintamos. Caminhos
limpos, felicidade à vista.
A repulsão instintiva vem de vibrações antagônicas, ao passo que o amor é
luz atrativa que se acende nos Espíritos que se amam. Os Espíritos
inimigos que se reconhecem sem se falarem, captam as vibrações uns dos
outros, servindo-lhes de instrumento o corpo físico.
Jesus Cristo foi a mensagem do amor para a humanidade e foi usando Seu
amor mais puro que Ele curou os enfermos, levantando paralíticos e
refazendo corpos danificados. Foi com esse amor que Ele, o Mestre dos
mestres, mostrou para todos nós o caminho, a verdade e a vida.
Devemos limpar da mente alguma antipatia que por acaso tenhamos de alguém,
para não atravessarmos o túmulo alimentando o ódio e a vingança. Esse
estado de alma nos leva à perturbação constante, até que reconheçamos o
valor do perdão, aquele que tudo esquece, para dar lugar ao amor.
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