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SENSIBILIDADE ÀS BELEZAS
A natureza nos mostra o assopro da sua harmonia interna para que possamos
sentir a alegria de viver, e viver com alegria. Deus se encontra em toda
parte, sorrindo para a Sua criação, de forma a dotá-la de paz, com as
vibrações que Lhe são próprias, e os Espíritos, como Seus filhos do
coração, são sensíveis às belezas da natureza. Sentem eles o encanto das
formas como mensagem da perfeição, induzindo-os a serem perfeitos em tudo
o que operam.
Todos os mundos são dotados de encantos peculiares à sua evolução, na
escala das moradas universais. Os mundos superiores mostram a harmonia das
suas formas na faixa que já atingiram, na escala da perfeição. Os acordes
das visões nos planetas são diferentes entre uns e outros, porque
diferentes são as humanidades neles estagiadas.
Entra nesse campo visual dos mundos o merecimento dos que ali se encontram
encarnados, e mesmo desencarnados, mostrando a natureza o que os Espíritos
suportam dentro das suas sensibilidades espirituais. Os Espíritos elevados
não procuram as particularidades mais íntimas diante das belezas: sentem
mais o conjunto, pois ele impressiona, com mais acerto, falando na
intimidade no silêncio da visão.
O Belo é o trabalho do Senhor, e é nesse sentido que Jesus ensinava e
fazia todas as coisas com harmonia, a nos falar da perfeição. Ao fazermos
alguma coisa, mesmo as mais simples, lembremo-nos com interesse da
perfeição; ela dará uma conotação de graciosidade e fará lembrar o artista
com amor. Todos são sensíveis às belezas das formas e, ao senti-las,
irradiam forças que, certamente, por lei, buscam o seu autor.
A imperfeição, pela mesma lei, atrai para junto do seu portador, coisas
imperfeitas, que lhe fazem sofrer os desacertos das linhas em desarmonia.
Se os Espíritos superiores são sensíveis às belezas, também os inferiores,
em menor expressão, gostam e sabem escolher as coisas boas. Isso são
lições para que eles, no amanhã, sejam impulsionados a fazer os seus
deveres com mais perfeição.
Tudo que existe vibra na perfeição e com a perfeição de Deus; o que se
encontra em desarmonia são as ações dos Espíritos que não acordaram para a
realidade. É, por assim dizer, como se dormissem ainda no berço da
ignorância.
A Doutrina dos Espíritos, que tem a missão de acordar a humanidade para a
perfeição, irradia na Terra todos os processos para que os homens usem
suas mãos no serviço do amor. Nesse labor, a caridade aflora nos seus
caminhos, iluminando os sentimentos como sendo Deus abençoando todos os
seus esforços.
Todos os pensamentos puros são formas, ainda que invisíveis ao mundo de
belezas, que conduzem à harmonia celestial. Assim, as idéias bem ordenadas
e as palavras na faixa do Cristo são reflexos das belezas imortais da
criação do Pai Celestial.
Podemos mostrar a harmonia pelos gestos, a grandeza do coração pelo olhar
e a perfeição pelo que fazemos da oportunidade que nos é concedida.
Devemos aureolar todos os nossos feitos no ambiente da verdade, pois ele
tem a força de Deus que liberta, envolvendo a alma com a defesa dos
poderes do Espírito em forma de luz d'Aquele que nos criou no silêncio do
Seu coração, que pulsa na intimidade dos Seus feitos por amor.
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