FILOSOFIA ESPÍRITA - VOLUME V

 

Questão 251 comentada

CAPÍTULO 47

0251/LE

A MÚSICA E OS ESPÍRITOS

 

A música é uma arte sublimada cuja utilidade, mesmo o homem primitivo, passou a conhecer nos rudimentos da sua harmonia. A música do mundo se encontra distante da melodia celestial, entretanto está subindo na escala, para que no amanhã atinja a perfeição espiritual, fato constatado pela fração de luz que chegou como amostra da música divina, pelas interpretações dos mestres dessa arte, a chamada música clássica.

A música clássica que existe na Terra foi ouvida pelos seus compositores humanos nos planos da vida maior, que fizeram cópias rudimentares da original. Porém, já é uma boa dádiva para os homens.

A música da Terra, mesmo a clássica, se compara como solfejo incompreendido, em relação às melodias dos mundos superiores que vibram na mais perfeita harmonia do universo. É como que o canto de Deus para a felicidade dos Seus filhos, que tenham ouvidos para ouvir.

A música, entre os Espíritos superiores, constitui um alimento para suas necessidades de vida. Eles se reabastecem nela por ser ela harmonia que reflete a harmonia de Deus. As melodias do céu ainda não podem verter-se para a Terra como são, por faltarem faculdades despertadas nos homens, para sua profunda apreciação.

As massas humanas denunciam-se a si mesmas pelo tipo das músicas a que se afeiçoam, que para os Espíritos superiores não passam de batuques primitivos, no balanço dos corpos ao ritmo dos tambores. Sabemos que tudo isso são processos de despertamento espiritual, capazes de, com o tempo, os levar às sensibilidades, de modo a gostarem da melodia refinada, que está se aproximando da Terra por processos que escapam à percepção humana.

Tudo está para todos. Necessário se faz que as portas se abram pela maturidade das almas. A música é uma arte universal, que se encontra em toda parte. Desde o átomo às galáxias, desde o vírus às formas mais aperfeiçoada, tudo vibra na vibração do Criador.

A música possui encantos inumeráveis para os Espíritos. Por ela e através dela, podemos fazer maior bem, como harmonizar o próprio mundo interno. Ela tem o condão da universalidade; entra em todos os ambientes como benfeitora, alegrando e suscitando amor em todas as direções. O universo expressa a melodia de Deus; basta ter ouvidos para ouvir. Todos os Espíritos são sensíveis à música, e certamente os animais e a própria natureza, cantora imensurável da vida.

Para aperfeiçoar sensibilidades, avançando na escala da música divina, é imprescindível que harmonizemos nossos pensamentos no pensamento de Jesus. Ele é para nós o maior intérprete da melodia divina, e deu provas disso nos mostrando o quanto pode a música da palavra. Ele levantou caídos, curou chagas incuráveis pelos homens, deu vistas aos cegos, levantou paralíticos e fez voltar à vida muitos considerados mortos. Ainda mais, deixou para a humanidade uma partitura divina, como herança do seu amor, o Evangelho.

Confiemos nos nossos esforços, nas direções que o bem nos comanda a todos, que a música celestial acelerará sua descida na sutilidade da natureza e se fará ouvida por nós na acústica da alma, como beijo da vida maior, no carinho que o Senhor sabe oferecer por misericórdia.

Devemos conjugar os nossos esforços pelos meios lícitos, para que eles ajudem a acordar os dons de ouro em nós, acendendo a luz do entendimento no centro d'alma, e essa luz nos guiará para a libertação, cantando e sorrindo para a aquisição do amor, porque o amor com Jesus é a música de Deus.

 

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