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LUZ E TREVAS
Os Espíritos puros, ou mais ou menos puros, não têm necessidade da luz
para ver as coisas; eles usam a luz para operações grandiosas na casa do
Pai, como co-construtores onde forem chamados a servir. As próprias trevas
são luz que ainda não acendeu.
Para as almas que se encontram envolvidas nas trevas, quando despertarem
em seus corações o entendimento da verdade, tudo tornar-se-á claridade em
seus caminhos. As trevas são escolas onde a luz pode se mostrar para os
Espíritos rebeldes, tal qual acontece na Terra em que existem os presídios
para os infratores da lei, como sendo trevas para eles, com a finalidade
de torná-los homens de bem. Essa transformação pode até demorar mas todos
chegarão a ela.
A experiência nos mostra que não existe outro caminho para a educação dos
Espíritos rebeldes, a não ser a dor; que acorda a alma para a realidade.
Jesus foi a misericórdia de Deus para todos nós, ainda ligados por fios
profundos nas trevas. A Sua vida, toda ela cheia de exemplos que devemos
copiar, são estímulos santos, a nos ajudarem a esquecer as trevas,
ganhando a luz da libertação.
Todos devemos sempre fazer revisão dos nossos atos, e onde for preciso
modificar, operemos com amor, condicionando o bem em todos os
departamentos da nossa vida. A Doutrina Espírita é Jesus de novo,
renovando Sua fala e ampliando Sua proteção, para que acordemos para a
vida, passando das trevas para a luz imortal.
O Mestre dos mestres não se esquece da humanidade; Ele caminha lado a lado
com todos os seres humanos, dando as mãos às criaturas; basta sentirmos a
Sua presença e aproveitarmos Seu convite de mudanças, na intimidade do
nosso mundo interno. Depois que aceitarmos o Senhor, conhecendo a Sua
doutrina de luz, não devemos desvirtuar Suas qualidades salvadoras com os
entulhos dos nossos sentimentos inferiores. Se João, o Evangelista, disse
que Deus é amor, o nosso maior dever é, pois, amar a Deus sobre todas as
coisas e ao próximo como a nós mesmos, como Jesus nos ensinou nos
pergaminhos de luz.
É bom que nos lembremos de que para os Espíritos puros não existem trevas;
tudo é luz, porque eles têm olhos para ver. Esse estado d'alma não foi
doado a eles somente; todos temos esses poderes dentro de nós, bastando
despertá-los pelos processos que o Cristo nos ensinou: amor e caridade.
Fora dessas duas forças não há salvação. A luz para vermos se encontra no
céu de nós mesmos. Acendamos essa luz.
Agradeçamos a Deus pela presença do Espiritismo com Jesus na Terra. Ele
lembra tudo que o Mestre disse, clareando pontos que naquela época não
poderiam ser explicados de modo exuberante, onde sentimos a esperança com
todas as suas possibilidades de nos tornarmos livres, conhecendo a
verdade. A pergunta focalizada neste capítulo nos mostra a inteligência do
codificador, no sentido de deixar para a humanidade todos os pontos claros
no conhecimento da verdade:
- Precisam, os Espíritos, de luz para ver?
O benfeitor espiritual responde com a segurança peculiar à sua grandeza:
- Vêem por si mesmos, sem precisarem de luz exterior. Para os Espíritos,
não há trevas, salvo as em que podem achar-se por expiação.
A cada resposta da espiritualidade superior, por intermédio da codificação
da Doutrina dos Espíritos, a luz se faz em nossos caminhos, para que
possamos sentir Jesus e viver o Evangelho.
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