FILOSOFIA ESPÍRITA - VOLUME V

 

Questão 226 comentada

CAPÍTULO 22

0226/LE

ESPÍRITOS ERRANTES

 

Segundo "O Livro dos Espíritos", Espíritos errantes são aqueles que se encontram em condições tais que ainda precisam de voltar à carne, para as devidas reformas morais. E no mundo físico, encontram analogia de sentimentos, porque a grande maioria deles, que se encontram encarnados, são almas com fortes tendências para a maledicência, para as guerras, para o ódio, para a inveja e o ciúme, para o orgulho e o egoísmo.

O Espírito puro, que não precisa mais de reencarnar no mundo terreno, perde essa condição inferior, pois sua consciência se encontra em tranqüilidade, e em seu coração vibra o amor em todos os momentos.

Os Espíritos são semelhantes em todos os mundos habitados, no tocante ao mundo íntimo de cada um, pertencem a diferentes ordens na escala de elevação, porque são de diferentes idades siderais. A maturidade é obra do tempo, os valores internos vão sendo despertados gradativamente, transformando em celeiro de bênçãos a intimidade do ser.

Para tanto, Jesus Cristo é o Mestre por excelência, que se aproximou dos homens por misericórdia de Deus, nos legando o grande manancial de fé e de amor que é o Evangelho. Depois de Jesus, aumentaram as facilidades de recuperação das almas em caminho para Deus, pois encontramos a água viva e o pão que desceu do céu. Todos os conceitos evangélicos são coerentes com o amor e irradiam a verdade.

O Cristo veio tirar multidões de Espíritos da faixa dos errantes no espaço, colocando-os como Espíritos conscientes da verdade pelos caminhos da pureza espiritual. Ele é a fonte de vida que nos ajuda a despertar as nossas qualidades, de modo a nos tornarmos unos com a Divindade.

A purificação das entidades espirituais se processa por variados meios, através de sacrifícios, dores, angústias e problemas sem conta, entretanto, esse é o roteiro de todas as criaturas. Todos passamos pelas portas estreitas, depois de vagarmos pelas largas.

A Doutrina dos Espíritos, cuja fonte é Jesus, mostrando a Sua promessa do Consolador, vem, nos fins destes tempos, nos mostrar com homologia nos anjos, as leis naturais, que nos levarão à perfeição. Não tenhamos medo de abraçar seus conceitos renovados pela força do progresso, que eles se tornarão luzes que não nos deixam perder nas trevas. Se fomos Espíritos errantes, sujeitos a novas faltas, temos o Mestre ao nosso lado a nos convidar para a devida reforma de sentimentos, de maneira que eles vibrem no consenso do Cristo, para nos guiar a todos.

O Espírito está estagiando na carne; já desperto, compete-lhe ajudar os outros que lhe estendem as mãos, em busca de socorro. Por que negar uma palavra de conforto e de esperança aos que sofrem? Por que negar o pão e a veste aos famintos e aos nus? É o nosso dever afinarmos com o amor, aquele amor que desconhece barreiras e avança em todas as direções, para servir sem especular e ajudar sem exigir. Se estamos na dianteira de alguns, já estivemos no lugar deles no passado, e quantos estão a nossa frente e de vez em quando voltam para nos dar as mãos? Façamos o mesmo, que Deus e Cristo não nos deixarão a sós.

Somente os puros não precisam de reencarnação; nós outros carecemos dessa bênção, para abrirmos os olhos à luz que gera a paz e a felicidade.

 

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