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SEMELHANÇA DE CARÁTER
Em muitos casos, os irmãos gêmeos são Espíritos simpáticos, que se unem
por analogia de sentimentos, porém, nem todos são assim. Pode acontecer o
contrário: serem Espíritos inimigos que a justiça divina faz se
reencontrarem na formação biológica, no sentido de que se processe o
perdão com mais eficiência. Os gêmeos, por vezes, têm semelhança de
caráter, sendo que não devemos generalizar esse fato, porque em outros
casos são completamente diferentes, em matéria de conduta e mesmo em
semelhança física. São Espíritos, e cada um é, pois, um mundo à parte, com
os seus pendores e atividades em busca da luz. Procuramos alertar os pais
e parentes dos mesmos, para estudarem esse fenômeno, ampliando seus
conhecimentos de psicologia, para entenderem os seus deveres ante esses
companheiros que nascem juntos, sob o tacão do mesmo signo.
São, geralmente, almas que precisam de ajuda dos pais, parentes e mesmo
amigos, no afã de se libertarem das suas velhas dívidas, que se escondem
no clima do orgulho e do egoísmo. Sendo o lar uma escola, os pais são os
professores, que devem compreender a situação e as necessidades desses
alunos repetentes em busca de notas de luz para a paz de consciência.
Ninguém herda caráter dos pais, nem tão pouco dos ancestrais, no entanto,
pode condicionar as qualidades morais principalmente deles, na esteira do
tempo. Eis porque devem os pais procurar aprimorar a conduta, sendo que a
vivência evangélica irradia e penetra em todos os sentidos nas almas,
principalmente nas que se encontram em caminho conosco. Tal não acontece
com a semelhança física, que é um fato dentro da lei biológica. Os pais
podem fazer muito por seus filhos, no que tange a vida moral dos tais,
dependendo da vida que levam no dia-a-dia. Pelo esforço dos genitores em
viverem melhor, atraem as bênçãos de Deus na visibilidade do coração.
Tornamos a dizer, e não nos cansamos de repetir, que o culto do Evangelho
no lar é uma bênção de Deus em favor de todos os familiares. Ele predispõe
os Espíritos que ali residem para a libertação dos instintos inferiores,
capacitando a alma à integração dos conceitos de Jesus.
Mesmo que nasçam em nossos lares filhos que trazem no corpo o estigma da
deformação, não pioremos a situação, blasfemando como sendo azar ou
castigo; tudo isso é experiência na sequência da vida, testando o que já
aprendemos nas lutas que temos empreendido. Tratemos todos eles como
filhos do coração; amemo-los como aos outros, que no amanhã poderemos
passar pelas mesmas experiências deles, pois os processos de despertamento
são para todos.
Não fiquemos exibindo filhos sadios ante os hemiplégicos, pois os que se
encontram naqueles corpos deformados são Espíritos iguais a todos nós,
feitos por Deus e, portanto, perfeitos na sua intimidade, porque Deus,
sendo perfeito, não iria criar algo com a marca da imperfeição.
Agradeçamos a Luz Divina pelas oportunidades que temos, de trabalhar em
favor dos que sofrem e choram. Cooperemos com eles nas suas
transformações, que a paz crescerá dentro da nossa consciência. Devemos
visualizar somente o bem da humanidade, e quando chamados a servir, onde
quer que seja, entreguemos a Jesus todas as nossas possibilidades, que
acumulamos por amor à causa de Deus, pois é somente o amor na pureza que o
Mestre nos mostrou.
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