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TROCA DE VALORES
As leis têm variações incontáveis. O Espírito, no mundo espiritual, já
arrependido dos seus feitos incômodos, e que deseja reencarnar, quando
permitido, deseja nascer de pais virtuosos, como sendo misericórdia para
que se livre de enveredar outra vez nos caminhos de erro. Para tanto, os
pais servir-lhe-ão de barbilho, não deixando seus impulsos do passado
tomarem a dianteira das boas qualidades que ele deve assimilar no mundo
familiar.
Porém, nem sempre é permitida essa dávida, para seu avanço espiritual;
acontece muitas vezes, que a alma retorna à carne em um grupo formado por
seus iguais, às vezes piores, para que ele manifeste sua força de vontade
e alcance o objetivo que deseja realizar para a sua libertação. A
variedade de situações não nos deixa traçar um roteiro em relação à
igualdade de nascimentos. As normas são diversas, em toda manifestação dos
Espíritos que voltam à Terra para limparem seu passado, com os seus
próprios esforços.
Entretanto, acontece igualmente o contrário: pais totalmente ignorantes,
viciados em contradições das leis naturais, podem receber filhos altamente
iluminados, no sentido de testarem novamente suas qualidades e
desempenharem uma missão importante junto à humanidade. Esses também pedem
para renascer nesse ambiente, servindo de exemplos para tantos que estudam
as reações dos homens bons junto aos perversos e confundindo, assim, os
que se dizem sábios, querendo dizer que os filhos são os que os pais não
deixaram de ser, generalizando esses fatos.
Se o Espírito não gera Espíritos, eles são o que são, embora a influência
seja uma realidade. Para tanto, os Espíritos que já atingiram certa
compreensão se acautelam a todo momento, para não caírem em tentações, e
saírem ilesos dos processos de afinidades de famílias.
Uma família é sempre uma escola, onde todos aprendem as primeiras letras
do amor. Esteja ela no nível que estiver, há sempre vigilantes da vida
maior ajudando-a, inspirando-a para o aprendizado. Advertimos sempre a
todos que as oportunidades são valiosas, da favela ao palácio, do
ignorante ao letrado, que devem aproveitar o tempo que corre.
Os meios de elevação hoje são grandes, e a influência do bem é enorme;
basta ter olhos para ver. A humanidade se encontra cansada das
inconveniências. O Evangelho é o despertar da alma, é Jesus conosco nos
dois planos da vida. Se temos alguma luz, não a coloquemos debaixo da
mesa; ergamo-la para que todos a vejam, sem vaidade. O exemplo é que é a
candeia em cima do alqueire.
É preciso verificar o que já se fez pela família na qual se nasceu.
Necessário se faz amar seus pais, irmãos e demais parentes, para que esse
amor possa alcançar toda a humanidade. A situação sempre muda, e na troca
de corpos somente levamos o celeiro das qualidades, para nos atormentar ou
nos tornar livres.
Se um Espírito ainda voltado para o mal pediu, e foi concedido por Deus,
nascer em nossa família, não desdenhemos essa oportunidade, nem
amaldiçoemos essa alma em provação. Vejamos o que diz Paulo, na primeira
Epístola aos Tessalonicenses, capítulo cinco, versículo dezoito: “Em tudo
dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para
convosco.” Se é a vontade de Deus, por que não aceitar? Se é muito bom
para quem nasce, melhor para que o recebe como filho. Lembremo-nos do
amanhã.
A vida é uma troca incessante de valores. Qual o mérito que teríamos em
receber somente Espíritos de luz em nossos convívio? Vamos recebê-los
porque o Senhor é sempre bom, porém, não recusemos os maus, porque no
amanhã se tornarão bons, assim como os bons já laboraram em equívocos.
Entreguemos nossa vida a Deus, para que a vida nos recompense com a paz de
consciência, e lutemos ajudando, porque amar aos que nos amam é dever, mas
amar aos que nos perseguem e caluniam é saber viver com Jesus no coração.
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