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O TODO UNIVERSAL
A linguagem dos homens é pobre para expressar a realidade.
Todo esforço feito nesse sentido ainda carece de recursos, no sentido de
dizer as verdades que o coração entende com facilidade.
Dizem alguns, e algumas escolas espiritualistas ensinam, que a alma,
depois do fenômeno da morte, entra no todo universal, e nos parece, por
expressão, que ela se desfaz, perdendo a consciência do existir. Cabe a
nós, como Espíritos, positivar a verdade de que não é isso que acontece: a
alma não perde a sua individualidade. Essa, ela a conservará sempre, sejam
quais forem às provações por que vier a passar depois de desencarnar. Por
vezes, perde a consciência temporariamente, para depois a retornar
com toda a sua lucidez.
Não se perdem os dons da vida. Eles crescem cada vez mais, sob as bênçãos
de Deus. A Doutrina dos Espíritos é o Consolador prometido pelo Mestre,
como instrutor permanente das criaturas. Ele ressalta em todos os ângulos
à mesma doutrina do Cristo, fazendo renascer todos os preceitos, para que
possamos entender, na sua profundidade, o que falou aos homens da época e
que os de agora devem escutar, por outros processos que não sejam com a
sua presença objetiva. Ele usa os meios disponíveis ao Seu generoso
coração.
Muitos dizem, convictos, ao pé da letra:- “O Cristo voltará”, sem atinar
como será essa volta. Ele já veio para muitos e continua a vir para os que
estão maduros de sentimentos. O Senhor nos aparece pelos processos do Amor
O Espírito é imortal, e como comprovação desta verdade podemos analisar os
escritos em todo o mundo, principalmente os que fundamentam as religiões.
Todas elas nasceram das comunicações dos Espíritos, por processos
diversos. A própria Bíblia, da Gêneses ao Apocalipse, apresenta vários
relatos de comunicações dos anjos com os homens. E essas comunicações
continuam, por métodos diferentes, mas, são os mesmos Espíritos anunciando
as mesmas coisas: que ninguém morre, que Deus é uma realidade, que nós
devemos nos esforçar para viver em paz com a consciência.
Não nos percamos em jogo de palavras, mas, procuremos sentir a verdade
pelo princípio que vibra em tudo, nos dando a entender que tudo vive,
dentro da vida de Deus, nos fazendo livres pelo conhecimento da verdade.
Jamais sairemos do todo universal, porém, a grandeza que sentimos é a de
ter consciência de nós mesmos, sentindo e fazendo o que a nossa liberdade
nos inspira a fazer. Somos, pois, filhos de Deus, que descemos e tornamos
a subir para Ele, mas, sem perdermos a consciência, e expressando cada vez
mais a nossa individualidade.
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