FILOSOFIA ESPÍRITA - VOLUME III

 

Questão 151 comentada

CAPÍTULO 49

0151/LE

O TODO UNIVERSAL

 

A linguagem dos homens é pobre para expressar a realidade.

Todo esforço feito nesse sentido ainda carece de recursos, no sentido de dizer as verdades que o coração entende com facilidade.

Dizem alguns, e algumas escolas espiritualistas ensinam, que a alma, depois do fenômeno da morte, entra no todo universal, e nos parece, por expressão, que ela se desfaz, perdendo a consciência do existir. Cabe a nós, como Espíritos, positivar a verdade de que não é isso que acontece: a alma não perde a sua individualidade. Essa, ela a conservará sempre, sejam quais forem às provações por que vier a passar depois de desencarnar. Por vezes, perde a consciência temporariamente, para depois a retornar com toda a sua lucidez.

Não se perdem os dons da vida. Eles crescem cada vez mais, sob as bênçãos de Deus. A Doutrina dos Espíritos é o Consolador prometido pelo Mestre, como instrutor permanente das criaturas. Ele ressalta em todos os ângulos à mesma doutrina do Cristo, fazendo renascer todos os preceitos, para que possamos entender, na sua profundidade, o que falou aos homens da época e que os de agora devem escutar, por outros processos que não sejam com a sua presença objetiva. Ele usa os meios disponíveis ao Seu generoso coração.

Muitos dizem, convictos, ao pé da letra:- “O Cristo voltará”, sem atinar como será essa volta. Ele já veio para muitos e continua a vir para os que estão maduros de sentimentos. O Senhor nos aparece pelos processos do Amor O Espírito é imortal, e como comprovação desta verdade podemos analisar os escritos em todo o mundo, principalmente os que fundamentam as religiões. Todas elas nasceram das comunicações dos Espíritos, por processos diversos. A própria Bíblia, da Gêneses ao Apocalipse, apresenta vários relatos de comunicações dos anjos com os homens. E essas comunicações continuam, por métodos diferentes, mas, são os mesmos Espíritos anunciando as mesmas coisas: que ninguém morre, que Deus é uma realidade, que nós devemos nos esforçar para viver em paz com a consciência.

Não nos percamos em jogo de palavras, mas, procuremos sentir a verdade pelo princípio que vibra em tudo, nos dando a entender que tudo vive, dentro da vida de Deus, nos fazendo livres pelo conhecimento da verdade. Jamais sairemos do todo universal, porém, a grandeza que sentimos é a de ter consciência de nós mesmos, sentindo e fazendo o que a nossa liberdade nos inspira a fazer. Somos, pois, filhos de Deus, que descemos e tornamos a subir para Ele, mas, sem perdermos a consciência, e expressando cada vez mais a nossa individualidade.

 

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