FILOSOFIA ESPÍRITA - VOLUME III

 

Questão 139 comentada

CAPÍTULO 37

0139/LE

DEFINIÇÕES

 

Não existem contradições nas definições da alma. Existe, isso sim, pobreza de linguagem, para transmitir, através da palavra, a realidade do Espírito. Todos reconhecem e propagam que o Espírito foi feito por Deus, e que conserva a sua imortalidade, por ter surgido de um ser imortal e distinto em toda a Sua divina natureza. Os nomes de Deus e dos Espíritos se encontram na farta literatura mundial, com diversos sinônimos, sem que, entretanto, se modifiquem por causa de simples palavras.

Na mensagem anterior, falamos sobre o progresso das criaturas: quanto mais cresce a humanidade, mais se entrega à força da unidade espiritual, e passa a encontrar Deus de outra forma mais elevada, e os Espíritos, na sua realidade espiritual. O Sol não se perturba, se chamado de Lua, como a Lua não se modifica se chamada de Sol. Com o passar dos tempos, a própria ciência vai nos mostrando a unidade de Deus e a imortalidade da alma.

Tudo depende do tempo para ser explicado melhor e entendido com mais profundidade. As contradições notadas entre os homens se devem às diversidades de níveis de vida, de faixa evolutiva, porém, no fundo, as idéias são as mesmas mesmo as nascidas em diferentes lugares. Jesus já falava que haveria de vir um tempo de termos um só Pastor e um só rebanho; isso poderemos aplicar em todas as modalidades da vida. Começando pela linguagem, é de compreensão comum que no amanhã haveremos de simplificar os idiomas, de meios de comunicação entre as criaturas. Um só rebanho, no entendimento das leis espirituais, significa todos trabalhando juntos para facilitar e ganhar tempo no aprendizado do conjunto.

Deus é o mesmo Deus em tudo e em todos. Assim as leis, assim Jesus. As diferenciações são atrasos nascidos da ignorância. Logo que esta cessar, o progresso tomará a dianteira e libertará a consciência em todos os sentidos. Todos os sofrimentos se alicerçam na ignorância e, com a sabedoria espiritual dominando, abriremos os olhos e passaremos a conhecer a verdade. Para definir o Espírito, o próprio Espírito perde um tempo valioso; ele é o que foi sempre. Criam-se religiões e filosofias humanas e elas examinam a alma sob um prisma, no entanto, é a mesma alma. Enquanto os homens não se entendem, o tempo passa e, no fim de todas as incompreensões, haverá de surgir à verdade que nunca morre. Ela nasce no centro das necessidades.

Deves trabalhar mais e não te apegares muito às definições que o progresso já dispensou. A meta primordial do Espírito é a felicidade, que somente pode nascer de dentro de si mesmo. O céu não está longe; ele à espera do entendimento das criaturas filhas de Deus. Despertemos, pois, para a Luz, que nos iluminará, facilitando o coração e a inteligência, no Saber e no Amar.

 

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