FILOSOFIA ESPÍRITA - VOLUME III

 

Questão 135 comentada

CAPÍTULO 33

0135/LE

O PERISPÍRITO

 

Há um laço que prende o Espírito ao corpo, um intermediário entre as duas forças da vida, de natureza semimaterial e a Doutrina Espírita denominou-o perispírito. Existem outros laços que ligam o Espírito ao perispírito de modo mais seguro e que a evolução saberá desatá-lo na época conveniente. Queremos dizer com isso que a alma tem muitos corpos, os quais não cabe mencionar, por não ser esse o objetivo desta página, e todos eles estão ligados ao Espírito por leis que escapam ao raciocínio dos homens, porém, com um pouco de esforço poder-se-á notar a existência das coisas dos Espíritos e suas necessidades. A evolução dos Espíritos capacitará a inteligência para perceber, por exame indutivo, o vasto campo espiritual onde se movimentam bilhões de seres inteligentes, e daí se poderá partir para onde deveremos chegar; a espiritualidade superior.

Assim como não se pode ter nas residências a luz elétrica sem os fios devidamente ordenados, o Espírito, para iluminar o corpo na sua movimentação adequada, precisa dos fios tenuíssimos do cordão fluídico, de modo que as ordens desçam para o mundo celular, as idéias surjam na mente e a palavra saia para a audição, como veículo de desenvolvimento espiritual. O coração fluídico, que os antigos iniciados chamavam de “cordão de prata”, por ser a sua luz da cor deste metal, mas, com característica brilhante, serve de intermediário entre o Espírito e o corpo e é de natureza elástica sobremodo incompreensível para a ciência da Terra. A alma, durante o sono do corpo, fica mais leve e, de acordo com a sua evolução, pode fazer viagens longas, a ponto do “coração de prata” ficar da espessura de um fio de teia de aranha. Devido aos cuidados tomados pelos Espíritos Superiores, não há perigo algum, nessas viagens, desde quando o Espírito seja obediente ao comando dos benfeitores espirituais.

Cumpre-nos dizer, que, quando se está, como Espírito livre do corpo, mas, resguardado pelo corpo fluídico, deve-se cuidar dos sentimentos, da formação das idéias e educar as palavras, porque tudo que se pensa e se fala negativamente, fixa-se no campo sensível do corpo espiritual, como nódoa de difícil limpeza. A nossa aura apresenta o que somos, tanto encarnados como desencarnados. O que semeamos nos ouvidos alheios, colhemos nos corpos que usamos, apoiando-nos para a nossa missão na Terra. A reforma dos nossos sentimentos, de que tanto falamos, inspirados no Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, objetiva a nossa felicidade. Quem ama sem distinção, está limpando seus próprios caminhos; quem perdoa as ofensas, está tranqüilizando a própria consciência e quem exercita a caridade por onde passa, saiba que ela salva o caridoso das investidas de todos os males. Não existe outro caminho para limpar o perispírito, e mesmo o cordão fluídico, das mazelas do mundo, a não ser o Amor em todas as suas feições de entendimento.

 

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