FILOSOFIA ESPÍRITA - VOLUME III

 

Questão 134 comentada

CAPÍTULO 32

0134/LE

A ALMA

 

Desde o nascimento da razão, que o homem sente e começa a compreender a existência da alma. Até olhar para as estrelas, desponta no seu coração a saudade da pátria de onde veio.

A razão nos diz que corpo algum pode viver sem um principio inteligente que o sustente e guie nos caminhos da ascensão. Diz-nos “O Livro dos Espíritos” que a alma é o mesmo Espírito quando se manifesta no indivíduo carnal. Há outros espiritualistas que chamam de alma o perispírito e é nesse sentido que alguns afirmam que a alma morre, devido ao perispírito ser desintegrado quando o Espírito ascende a mundos superiores. Devemos deixar essa polêmica de lado e fazer como os Espíritos que assistiram a Kardec, chamando o Espírito de alma, quando carne. Quando dizemos Espírito, nos referimos àquele livre princípio divino, imortal, por ter saído da imortalidade - portador de consciência, atributo do Espírito em consonância com a consciência soberana.

A Doutrina Espírita, que tem a missão sagrada de reviver o Cristianismo puro, revela aos homens muitas particularidades do mundo espiritual, na gradatividade que a humanidade pode suportar. O Cristianismo é crescente; não teme o progresso, porque apresenta uma filosofia avançada no tempo, disseminados os conceitos de Jesus em dimensão diversa, para maior segurança de todos os estudantes da verdade. O Espiritismo sempre pesquisa e usa a mediunidade para registrar os fenômenos, sustentando que ninguém morre e que a vida continua em toda parte. Ele mostra com mais evidência a lei da reencarnação, como sendo a justiça do Criador.

Voltando as origens, o Espírito é sempre Espírito e as vidas sucessivas mostrar-nos-ão como nele despertam os valores, os talentos citados no Evangelho, com um crescimento infinito e cada vez mais livre da tortura da ignorância. Sentimo-nos felizes com a imortalidade da alma. É por isso que a Doutrina dos Espíritos avança de uma maneira extraordinária, ganha corações por todos os lados, sem oprimi-los; expõe os conceitos que afirma, deixando o Espírito à vontade nas escolhas, e esse, por intuição divina, na sua maturidade, escolhe a verdade e aceita a palavra do Cristo em Espírito e verdade.

O Espírito reveste-se de corpos, tantos quantos forem necessários para o seu despertamento. Deus criou os processos de crescimento da alma, deixando para ela uma cota de esforços, que somente ela pode fazer para o seu próprio bem. Estamos caminhando para um entendimento maior sobre as leis espirituais, e o Espírito se aproxima cada vez mais dos homens, a lhes mostrar a vida no mundo espiritual, e a alegria que deveremos sentir ao chegar à pátria verdadeira com o dever cumprido e a consciência em paz. Devemos cuidar mais da ciência do Espírito, no sentido de que o coração não se sinta só no empenho de conquistar a felicidade.

 

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