FILOSOFIA ESPÍRITA - VOLUME III

 

Questão 125 comentada

CAPÍTULO 23

0125/LE

CAMINHADA

 

Certamente que existem Espíritos que se demoram mais no mal que engendraram nos seus caminhos, pela teimosia gerada pelo orgulho e o egoísmo. De certo modo, é independente para a co-criação; alimenta idéias, mas, responde por elas na lavoura que facultou a sua proliferação. Aquele que se demora mais no mal, demora mais no aprendizado, encontrando dificuldades para as devidas assimilações da verdade. Não obstante, quando, se conscientiza do bem, como sendo o fator principal de sua vida, ele gasta menos tempo no aprendizado, pelo fato de estar preparado pelo sofrimento, que lhe deixou um saldo de grandes experiências.

Todos os graus de superioridade existentes na criação de Deus são acessíveis a todos os Seus filhos. Mal algum perturba a fisiologia da alma; pode, de certo modo, desarmonizar seus corpos, mas nunca alterar a sua mais profunda constituição. Deus nada faz imperfeito. O Espírito, quando está colhendo o que plantou de mal para seus irmãos no caminho, acha o sofrimento uma injustiça, por lhe faltar compreensão e a sua razão ilusória lhe fala que irá sofrer uma eternidade, por não conhecer a extensão de uma eternidade no campo maior da vida. É nesse sentido que os Espíritos Superiores falam aos homens em “eternidades”. A conversação é de acordo com a evolução das almas; se o entendimento é limitado, não se pode falar de temas mais profundos.

A verdade absoluta existe apenas para Deus. Somente Ele é verdade total. Abaixo d’Ele, prevalece a relatividade, cada vez maior até aos homens. Os próprios livros onde todas as filosofias espirituais e as religiões se baseiam, de vez em quando haverão de sofrer mudanças, de acordo com a evolução das criaturas. Poucos aceitam, mas o progresso não pede licença a ninguém, por ser uma força de Deus que a tudo arrasta para o crescimento, nos mostrando uma verdade mais acentuada e preceitos de mais profundidade. Com o tempo todos haveremos de aceitar com naturalidade os processos de mudanças de vida e de corpos.

O tempo desaparece, diante do Espírito e da imortalidade. É por este motivo que não existem penas eternas para as almas. As penas são breves, em comparação com a felicidade daqueles que já alcançaram, por maturidade, o que nos espera a todos.

“O Livro dos Espíritos” é alicerce da Doutrina dos Espíritos. Por ele, a razão pode nos falar das leis espirituais que a tudo dominam, entretanto, as leis mais puras criadas por Deus vibram em nossa consciência, como sendo um livro escrito por Ele dentro de cada alma. As coisas do mundo exterior servem para nos tocar, de modo a nos acordar do sono.

Depois que os olhos do Espírito se abrem, a consciência firma naquilo que podemos chamar a vontade de Deus. O tempo é o fator mais vivo para nos despertar para a realidade. Jesus é o Mestre por excelência, por maturidade espiritual. Ele lê, no Seu livro interno, o que o Amor maior escreveu e legou para nós: o Evangelho do Seu coração para despertar o Evangelho dentro de nós. Essa é a verdade; cada criatura salva a si mesma, pelo conhecimento da verdade que existe em todos, sendo o Cristo o nosso Guia Maior, que nos ajuda a conhecer a nós mesmos.

 

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