FILOSOFIA ESPÍRITA - VOLUME III

 

Questão 124 comentada

CAPÍTULO 22

0124/LE

O BEM E O MAL

 

No estágio em que se encontra a humanidade, somos levados a crer na necessidade de suas forças incompatíveis entre si. A dualidade na Terra é sempre vista pelos pesquisadores da natureza humana, e mesmo física, como necessária a certo equilíbrio. O que chamamos de bem e mal é uma luta que se trava, de forma que o vencedor é sempre o bem.

Fomos feito por Deus, que é todo Amor, olhados e amparados pelos agentes da luz, nossos irmãos maiores, portanto, não pode acontecer o que muitos pensam, de que alguns Espíritos, desde a sua origem, se entreguem ao mal. Os que assim julgam, colocam Deus como sendo um Criador imperfeito. Como não há injustiça em ponto algum da criação, podemos ficar tranqüilos, que somente recebemos o que merecemos em qualquer lugar onde estivermos.

Tudo que passamos são processos usados pelo progresso e dirigidos por altas entidades espirituais que nos governam com o carinho nascido do amor verdadeiro. Se precisamos da dor, ela nos vem, para despertar em nós a qualidade nobres que o Senhor nos facultou desde a nossa formação. A luz não desconhece as trevas e as trevas nos impulsionam para luz.

Se existe alguém que está se demorando em caminhos difíceis, espera e ora por ele, porque nenhuma das ovelhas se perderá. Não existe órfão ante a paternidade de Deus. Jesus nunca se esquece de nenhuma das Suas ovelhas e ainda afirma que têm outras que não são deste aprisco, referindo-se a Terra. Não existe sofrimento eterno; eterna, somente a felicidade. O que há é transição em muitos aspectos da vida, quando analisamos o despertamento das qualidades que possuímos.

Os Espíritos não foram feitos de uma só vez e é neste ponto que as diferenças são enormes, na escala da evolução espiritual; no entanto o que esta na frente já esteve atrás e o que esta no meio se encontra mais perto da libertação. Confiemos e trabalhemos, procurando a melhoria espiritual. Toda subida exige sacrifícios, e que deseja melhorar-se moralmente deve fazer esforços em todos os sentidos para que possa receber as bênçãos do equilíbrio. Compreendemos que existem muitos caminhos da ascensão espiritual, porém, o peso é o mesmo para todos; uns, por vezes, demoram-se mais no mal, mas, menos em vivenciar experiências – como exemplo, podemos afirmar na personalidade de Paulo, o apóstolo. Quando se perde em um campo, a compensação se evidencia em outro; eis a justiça, como misericórdia, que surge para todas as criaturas.

Certamente que a maioria da humanidade se encontra nos graus intermediários, onde os cursos funcionam intensivamente. Queiramos ou não, isso é uma lei. No entanto, ninguém se perde; todos são filhos da luz e, assim sendo, como uns podem ser feitos, para viver eternamente nas trevas? É menosprezar a paternidade que é, e será sempre, toda amor. Se nos julgamos nos graus intermediários, o nosso dever é trabalhar para nossa própria melhoria, agora, sem perda de tempo, pois a vida ajuda mais os de boa vontade.

 

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