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O BEM E O MAL
No estágio em que se encontra a humanidade, somos levados a crer na
necessidade de suas forças incompatíveis entre si. A dualidade na Terra é
sempre vista pelos pesquisadores da natureza humana, e mesmo física, como
necessária a certo equilíbrio. O que chamamos de bem e mal é uma luta que
se trava, de forma que o vencedor é sempre o bem.
Fomos feito por Deus, que é todo Amor, olhados e amparados pelos agentes
da luz, nossos irmãos maiores, portanto, não pode acontecer o que muitos
pensam, de que alguns Espíritos, desde a sua origem, se entreguem ao mal.
Os que assim julgam, colocam Deus como sendo um Criador imperfeito. Como
não há injustiça em ponto algum da criação, podemos ficar tranqüilos, que
somente recebemos o que merecemos em qualquer lugar onde estivermos.
Tudo que passamos são processos usados pelo progresso e dirigidos por
altas entidades espirituais que nos governam com o carinho nascido do amor
verdadeiro. Se precisamos da dor, ela nos vem, para despertar em nós a
qualidade nobres que o Senhor nos facultou desde a nossa formação. A luz
não desconhece as trevas e as trevas nos impulsionam para luz.
Se existe alguém que está se demorando em caminhos difíceis, espera e ora
por ele, porque nenhuma das ovelhas se perderá. Não existe órfão ante a
paternidade de Deus. Jesus nunca se esquece de nenhuma das Suas ovelhas e
ainda afirma que têm outras que não são deste aprisco, referindo-se a
Terra. Não existe sofrimento eterno; eterna, somente a felicidade. O que
há é transição em muitos aspectos da vida, quando analisamos o
despertamento das qualidades que possuímos.
Os Espíritos não foram feitos de uma só vez e é neste ponto que as
diferenças são enormes, na escala da evolução espiritual; no entanto o que
esta na frente já esteve atrás e o que esta no meio se encontra mais perto
da libertação. Confiemos e trabalhemos, procurando a melhoria espiritual.
Toda subida exige sacrifícios, e que deseja melhorar-se moralmente deve
fazer esforços em todos os sentidos para que possa receber as bênçãos do
equilíbrio. Compreendemos que existem muitos caminhos da ascensão
espiritual, porém, o peso é o mesmo para todos; uns, por vezes, demoram-se
mais no mal, mas, menos em vivenciar experiências – como exemplo, podemos
afirmar na personalidade de Paulo, o apóstolo. Quando se perde em um
campo, a compensação se evidencia em outro; eis a justiça, como
misericórdia, que surge para todas as criaturas.
Certamente que a maioria da humanidade se encontra nos graus
intermediários, onde os cursos funcionam intensivamente. Queiramos ou não,
isso é uma lei. No entanto, ninguém se perde; todos são filhos da luz e,
assim sendo, como uns podem ser feitos, para viver eternamente nas trevas?
É menosprezar a paternidade que é, e será sempre, toda amor. Se nos
julgamos nos graus intermediários, o nosso dever é trabalhar para nossa
própria melhoria, agora, sem perda de tempo, pois a vida ajuda mais os de
boa vontade.
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