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NASCIMENTO DA ALMA
O Soberano Senhor do Universo criou os Espíritos todos iguais. Na função
de Pai de todas as coisas, gerou as almas no Seu profundo amor, de sorte
que Sua perfeição se transmutasse para as estruturas espirituais dos Seus
Filhos do coração.
Afirmamos com toda a alegria que não existe imperfeição onde quer que
seja, na grande casa da divindade. Tudo se encontra perfeitamente bem, na
mais alta harmonia. O que se passa na nossa linha de ascensão espiritual,
os processos estabelecidos ante as nossas necessidades, são como que
despertamento das qualidades que carregamos nos centros sensíveis da
consciência. Se o Senhor nos criasse já despertados, não precisaria ter
nos criado; ficaríamos onde estávamos, nos segredos da existência, gozando
da eternidade absoluta, ficando e fazendo parte da luz inextinguível. Mas,
a Vontade poderosa não quis que assim fosse, individualizando Seus filhos,
criando igualmente leis que pudessem nos dirigir e orientar, nos dando uma
consciência, para cuidarmos de nós mesmos, naquilo que deveríamos
realizar, deixou por fazer a nossa parte, como sendo a nossa conquista e
para tanto, nos foram dados os meios de despertarmos os tesouros da
perfeição que conduzimos conosco desde a nossa origem.
O nascimento das almas se perde na eternidade. Muitos estudiosos tentam
explicar a gênese dos Espíritos, mas, não o conseguem corretamente, por
somente terem à sua disposição os elementos teóricos, os quais usam,
ainda, com dificuldade. Perguntar por que Deus não fez assim, ou de outra
maneira, é perda de tempo para o estudioso das coisas sagradas. Se Ele é
todo Saber, é todo Justiça, é todo Amor, e muito mais do que podemos
analisar, por Seus feitos e corrigi-Lo em Seu soberano entendimento de
todas as ciências da vida. O que existe foi criado por Ele, na mais
elevada perfeição, vibrando no mais profundo Amor. Tudo que está feito se
dignifica na Sua perfeição inalterável.
As desigualdades que se podem observar nas almas são somente aparentes. É,
pois, a posição na escala do despertamento da vida. Os Espíritos não foram
criados todos de uma só vez; obedecem a uma seqüência por desejo da
Paternidade Universal, de outro modo seria impossível a harmonia. As
diferentes classes dos Espíritos mais jovens dão uma disposição agradável
ao todo, cada um com uma missão diferente na pauta do entendimento da
grande causa.
No tocante a Terra, os Espíritos mais jovens ou primitivos estão ligados
aos trabalhos mais grosseiros do planeta, não obstante, de vez em quando a
força cármica convida alguns dos mais endurecidos, com experiências em
muitos caminhos, para ajustarem-se entre eles para os devidos resgates.
Ninguém engana a Deus, nem mesmo se livra das leis criadas por Ele para
nos ajudar. Nascemos para sermos felizes, e destas diretrizes não podemos
escapar, por ser essa à vontade do Grande Arquiteto do Universo. A
desarmonia na criação, muitos acreditam constatar, por falta de
conhecimento, é a verdadeira harmonia, pulsando como segurança da vida
imortal.
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