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ESPÍRITOS SÁBIOS
Os Espíritos sábios possuem amplos conhecimentos, entretanto, dedicam-se
mais à ciência do que ao desenvolvimento moral, utilizando seus
conhecimentos científicos sempre no sentido prático. São Espíritos já
desligados da matéria que, quando encarnados, dão exemplo de serenidade em
todos os aspectos da vida, amando as criaturas pelo prazer de amar. Estão
completamente desligados da belicosidade, ao contrário de Espíritos
malfeitores, que fazem das guerras o próprio alimento, e as têm em suas
vidas como honra para a nação a que pertencem; o que para os Espíritos
impuros, orgulhosos e egoístas, pode dar origem até a uma revolução, a
eles não provoca reações de desatino. A sua maior grandeza é o
desprendimento, por conhecer que tudo pertence a Deus e que tudo o que
usamos é por empréstimo e misericórdia divina. São conscientes dessas
verdades e vivem mais ou menos felizes, conhecendo que o saber é luz
inextinguível na vida da alma.
Conhecemo-los pela amplitude de seus conhecimentos e pelo prazer que têm
em disseminá-los, ao contrário dos Espíritos egoístas, que escondem tudo o
que aprendem, por vaidade. Deus nada fez com medidas, e quanto mais damos
com Amor, mais recebemos, quanto mais ajudamos mais somos ajudados e
quanto mais alegramos mais somos alegres. Ensina-nos o saber, aquele que
provém da Divindade, que a luz do conhecimento deve ser qual o Sol:
fazer-se conhecido sem distinção, porque é dessa forma que nasce a
Fraternidade e cresce o Amor.
Os verdadeiros sábios foram e continuam sendo poucos na Terra. Dado o
ambiente agressivo no mundo, eles são admirados, mas, não ouvidos; são
festejados, mas, esquecidos. Grande parte da sociedade os têm como
inofensivos, mas, na realidade, são inaproveitáveis por aqueles que
encaram a ciência do ponto de vista das paixões e interesses tendenciosos;
por isso são poucos. O futuro vai mostrar a necessidade desses Espíritos
nos caminhos da sociedade, para ajudá-la a vencer as dificuldades
internas, porque o homem que vence a si mesmo não encontra obstáculos
externos.
Os sábios são dotados da facilidade de liberar as raças para uma vida
melhor, onde o bem possa crescer e a fraternidade dominar os corações.
Eles preocupam-se menos com as condições morais das criaturas e dedicam-se
a estas com intensidade, benevolência, cordialidade e tolerância. Acham
que a moral se amolda ao tempo e é conseqüência da sabedoria. Entendem que
a mente educada na linha do saber supera todas as atividades, mesmo que
essas sejam contrárias às regras estabelecidas pelas religiões. Não são
muito dados às regras da moralidade, na função que os homens se empenham
em pregar aos outros, pelas teorias. Quase sempre não pertencem a grupos
religiosos e não gostam de ler livros de tais fontes. Quando
desencarnados, procedem do mesmo modo, mas, o tempo, pelas mãos de Deus,
os ia colocando nas faixas da superioridade, ganhando amplitude no mundo
que concerne à universalidade. Essa definição de sábio foge em muitos
casos às regras e encontramos muitos sábios que se tornam Espíritos
benevolentes, ganhando a superioridade com rapidez.
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