FILOSOFIA ESPÍRITA - VOLUME III

 

Questão 105 comentada

CAPÍTULO 03

0105/LE

ESPÍRITOS INDIFERENTES

 

Para saber a natureza dos Espíritos na erraticidade, basta analisar os homens nas suas diversas ocupações. Cada criatura é um mudo diferente do outro, em posições. Que se definem pela sua estrutura espiritual. A maturidade da alma não aparece como explosão de uma bomba: ela é gradativa, por obedecer a leis que nos dirigem a todos. Como pode um Espírito primitivo oferece aos que o rodeiam uma vida de amor e fraternidade? Ele não tem condições de maiores entendimentos, a não ser o que aprende na sua faixa de vida iniciante.

Não é muito difícil conhecerem-se os Espíritos indiferentes ou neutros. Pelas suas atividades, pelo que falam, dá para se notar o que eles são. O mundo físico esta cheio destes Espíritos em todas as nações: São almas que ainda não acordaram para os valores espirituais; ainda dormem na incapacidade de sentir a beleza da vida imortal. Quando começam a acordar, as primeiras manifestações são de orgulho e de egoísmo. Não tem o menor respeito pelos seus irmãos em caminho e quando os ajudam, o móvel é o ganho. Quando surge a oportunidade de ganhar, escolhem o modo mais fácil, mesmo que seja em detrimento de seus companheiros. A dor alheia não os comove: são frios em todas as circunstâncias e se apoderam sempre do melhor, quando isso lhes é facultado, sem analisarem os defeitos. Quando estão na direção de algum empreendimento, podem jogar, lançar tudo à ruína, pelos interesses pessoais; quando feridos no seu orgulho , não medem sacrifícios de milhares de vidas, mas, provocam guerras e mandam tirar a vida de tantos quantos lhes caírem nas mãos inconscientes.

Essa classe de Espíritos carece do apoio constante, através de exemplo de bondade e de amor dos que já passaram por eles e se encontraram na dianteira. É, pois, uma fase do Espírito, por que todos passamos desde o início da própria vida. E é compreendendo esse estágio que pedimos a todos, diante dos Espíritos indiferentes, que os ajudem em todas as faixas em que eles se encontrem, exemplificando o bem, porque somente na vivência do amor é que eles se converterão para a luz, saindo das trevas.

Os Espíritos neutros, dos quais nos fala O Livro dos Espíritos, são os mesmos indiferentes. A frieza deles esfria o amor e a caridade nos iniciantes da verdade. É necessário que se vigie e ore, em todos os contatos com essas entidades espirituais, e mesmo com os encarnados, para não interromper a fé, e a esperança continuar acesa em todos os rumos. São apegados às coisas imediatas, por não terem percepção no que tange à verdadeira vida do Espírito. Não acreditam nas leis morais, e facilitam o seu desregramento, em apoio à satisfação de baixos instintos, que buscam desfrutar. Quando desencarnados, influenciam muito as pessoas que têm certas tendências que se afinam com seus sentimentos. São indiferentes no que toca à vida alheia, por buscarem seus próprios proveitos inferiores, seja qual for o preço que custe aos que eles sintonizam.

 

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