Prefácio de Bezerra de Menezes - Filosofia Espírita - Volume III

 

A capital da França foi chamada Cidade Luz, quando ali aportaram grandes homens, dando nova vida à intelectualidade. Escolas famosas se abriram, emprestando ao mundo novos métodos de ensino; a razão tomou novas diretrizes e os livros despertaram maior interesse.Desta época surgiram motivos vários para a liberação do pensamento,criando,assim, ambiente propício para uma luz maior festejar o mundo.Foi depois das revoluções das idéias que a imprudência dos homens passou para as armas; deu-se, então, a entrada triunfal em França de uma corte de Espíritos puros,trazendo à frente uma bandeira com inscrição singular: DE PÉ TODOS OS MORTOS! Os que chamamos de mortos voltaram para falar aos verdadeiramente mortos.

E o codificador da Doutrina Espírita, Allan Kardec, foi o instrumento desta luz que, como um sol, veio iluminar o mundo inteiro. Os céus de Paris, pelas vistas espirituais, davam a impressão de que uma galáxia descera do infinito e cobrira a cidade de esperança.Falanges de Espíritos desciam e subiam em interminável movimentação, acordando os homens para seus deveres espirituais, reavivando-lhes as lembranças da pátria verdadeira, de maneira que eles pudessem compreender a verdadeira missão da Doutrina dos Espíritos, como sendo a revivescência do cristianismo primitivo.No comando de todo esse movimento de amor estava o próprio Mestre, como grande misericórdia divina para a humanidade.

Muitos diziam em voz alta: ”A morte morreu!”, e a vida esplendia em todos os rumos, dando glórias ao Criador. Mas, para que o plano de luz fosse vitorioso, reencarnaram antes milhares de Espíritos preparados para tal evento, no sentido de viver e difundir, por todos os meios possíveis, a filosofia fundamentada por Jesus.

Com o passar dos tempos, depois que os responsáveis por essa semeadura voltaram à pátria espiritual, os que poderiam dar seqüência à grande tarefa esfriaram, e esta árvore de luz foi transplantada para o Brasil, onde cresceu e deverá crescer mais, como celeiro de vida a despertar as vidas em todo o mundo, para que o Cristo renasça em todas as criaturas.

Esse pequeno livro traz algo a mais no que toca a literatura da Terra, por mostrar aos mesmos homens o que os Espíritos angélicos que assistiram Allan Kardec falavam, mostrando caminhos favoráveis, para que cada um despertasse a si mesmo e encontrasse a paz de consciência. Esta filosofia espírita, a mesma filosofia cristã que tem como bandeira a caridade afirmando que fora dela não há salvação para as criaturas.

Rogamos a todos que leiam essas páginas com afinco, mas não ficando somente na leitura: passem a viver os preceitos nelas estampados, pois encontrarão forças na reforma moral para que a consciência encontre em Jesus, o caminho, a verdade e a vida.

Bezerra de Menezes

Belo Horizonte, 23/02/84.

 

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