FILOSOFIA ESPÍRITA - VOLUME II

 

Questão 88 comentada

CAPÍTULO 37

0088/LE

FORMA DOS ESPÍRITOS

 

Muitos intentam saber se os Espíritos têm forma. Preocupam-se com certos detalhes que escapam às suas possibilidades de analisar de sentir. Eles não têm formas da maneira que de uni modo geral se concebe, por viverem em uma faixa diferente da vida física. Se tomarem alguma forma para se fazerem reconhecidos, podem mudar imediatamente, na hora que lhes for conveniente. Sua mente é, pois, uma força poderosa que a tudo transforma, com as bênçãos da sabedoria e do amor, conquistadas através dos evos. Todavia, para Deus, o Espírito tem um esquema, tem uma forma ideada por Ele, imutável na sua constituição divina.

A vida, principalmente do homem, é um eterno perguntar. E quem pergunta é porque desconhece as leis de Deus vigorando no universo grandioso. Nas regiões superiores não se pergunta; há outro, processo de aprendizado, por não existir ignorância, e quando se ouve a fala é a do Mestre, dentro da Sua espontaneidade, de maneira que os que ouvem assimilam o que corresponde às suas necessidades. Há algumas diferenças no que tange aos planos de vida. Certamente que os que vivem em regiões inferiores têm necessidades que são dispensadas nos planos elevados. Porém, todos caminham para a libertação espiritual. Há regiões no espaço em que habitam Espíritos de formas grotescas, que tomam aparências de verdadeiros animais e vivem como tais. Os sentimentos lembram as formas, e eles passam a viver naquele reino por vezes com as necessidades que convêm àquela classe.

A vida nos dá o que pedimos pela vivência, na região em que estagiamos. E os homens na carne não escapam a essa lei. O Espírito animalizado na carne não consegue transformá-la, no entanto, tem as aparências do reino em que vive e pensa. E a luz que nos circunda nos fala quem somos com clareza, pois é do dito evangélico que ninguém engana a Deus. As leis do agem onde quer que seja, com a plenitude da sua força, nos dando de acordo com o que somos e nos fazendo ser o que conquistamos.

A reencarnação é uma bênção para os Espíritos inferiores, que eles próprios desconhecem. A carne é uma esponja absorvente das mazelas, quando isso acontece. A carne é um esconderijo, senão um conforto, para os prisioneiros da consciência. É justo que abençoemos o mundo físico, mormente quando passamos a conhecê-lo na profundidade dos seus objetivos. O corpo humano, para o Espírito, é a bondade de Deus visível aos que não têm olhos para ver o que não se pode ver com os olhos da carne.

Os Espíritos não têm forma, sob o ponto de vista da forma como pensas. No entanto, é uma chama divina, é uma luz, que o dotou de todas as qualidades a serem desabrochadas, de modo a enriquecer a vida, lembrando o seu Criador.

Não devemos parar de pesquisar as belezas espirituais, porém, devemos fazer isso processos ensinados pelo Evangelho, estimulando todas as virtudes no centro do coração, para que essa luz seja um sol a fim de confortar-lhe a consciência.

 

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