FILOSOFIA ESPÍRITA - VOLUME II

 

Questão 72 comentada

CAPÍTULO 21

0072/LE

A INTELIGÊNCIA DO HOMEM

 

Quando falamos da inteligência do homem, estamos nos referindo, certamente, ao ser pensante. A nossa inteligência, de certa forma, está ligada à Inteligência Suprema, na qualidade de sua filha do coração, sem contudo ser uma fração dessa, mas, criação da grande potência universal. Ainda escapam para nós outros os processos naturais da formação da mônada espiritual. Os detalhes pertencem à excogitação do tempo, pelos canais do espaço. A verdade é disseminada para todos e para cada um, na própria dimensão em que vive. Não há violência para nenhum reino de vida.

O Criador dispõe de Sua sabedoria soberana, de forma a nos conduzir para os nossos irmãos menores, no sentido de que eles possam aprender conosco e, ao mesmo tempo, nos leva para os instrutores maiores, de modo a aprendermos com eles. As experiências são cambiáveis por lei de compensação e por lei de amor, e nessa escola divina nasce a fraternidade entre as criaturas. A fonte da nossa inteligência é Deus, mas não como sendo uma parte da inteligência divina, mostrando assim que não há enfraquecimento do Supremo Comando ao nos criar. A criação é uma ciência, ou, se podemos dizer, uma receita que não foi ensinada aos co-criadores. A inteligência da alma é mais ou menos livre, na extensão dos seus inumeráveis caminhos, para usar, dentro do seu âmbito de liberdade, a sua própria liberdade de pensar e de agir no mecanismo da vida. A nossa mente, de encarnados e desencarnados, absorve coisas no ambiente em que vive. Ela pode assimilar, registrando ideias alheias; ela está sujeita ao condicionamento do que vê e ouve. No entanto, tudo isso tem um limite que as leis de Deus não esquecem, e agem pelos engenhosos processos da consciência de, com o tempo, selecionar o que ouve e o que vê: é a presença de Deus em nós, pelos meios que muitos desconhecem, mas que constitui uma verdade. O futuro irá nos mostrar coisas incríveis e inimagináveis em relação aos nossos dons.

Sempre falamos na evolução dos Espíritos; empregamos alhures esse termo; no entanto, na verdade existe um despertamento de nossas qualidades, por já sermos perfeitos dentro da perfeição do Absoluto. Estamos acordando e vamos continuar a acordar gradativamente. Em comparação com os anjos somos mortos, ou, se quisermos dizer, estamos dormindo.

A inteligência, onde gera a razão nos proporciona a individualidade. Podemos pensar e fazer o que nos convém, sendo que a lei nos faz responder pelos nossos atos. O plantio está na nossa liberdade, porém a colheita é obrigatória, para nos ensinar a sermos bons semeadores. Não absorves a inteligência, da maneira que absorves o oxigênio na atmosfera em que vives, e nós, o hálito divino na condição de desencarnados. Não. Quando surgimos das mãos santificantes de Deus, trazemos dentro de nós, como herança divina, todas as qualidades da perfeição, que acordam de passo a passo, que desabrocham de primavera a primavera, sob o comando do próprio Criador, por intermédio, no nosso caso na Terra, de Jesus Cristo.

 

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