FILOSOFIA ESPÍRITA - VOLUME XX

 

Questão 1014 comentada

CAPÍTULO 45

1014/LE

LINGUAGEM DOS ESPÍRITOS

 

A linguagem dos Espíritos Superiores se realiza de acordo com as necessidades do momento, no tocante à elevação dos que perguntam. Eles não violentam mente alguma, no entanto, de tempos em tempos as revelações vão tomando caráter mais verdadeiro para que a verdade se mostre como o sol.

A Doutrina dos Espíritos, revelação mais adiantada, retirou muitos véus que encobriam aspectos da verdade, tornando as mentes dos encarnados mais aguçadas e predispostas ao desconhecido. Mesmo os Espíritos mais elevados costumam fazer afirmações que se parecem com ensino de outras organizações religiosas, dependendo de quem os interroga. Mas, agora, no seio da luz, da chave de conhecimentos que descem do céu à Terra, a verdade vem sem a capa da letra. Os Espíritos falam mais claramente, mas, se entre os próprios espíritas há quem refugue e combata determinadas revelações, quanto mais entre os que desconhecem a Doutrina!

Os Céus, porém, conhecem as posições dos seres humanos e têm tolerância para com eles, porque esses contraditores, ao se desencarnarem, deparam com a realidade, chorando e pedindo para reparar o que fizeram. Eles sempre têm essa oportunidade. Assim, surge a luz, pelos esforços de quem desejava apagá-la no passado.

Observa na Terra: mesmo grandes medianeiros esforçam-se para limpar o que fizeram contra as comunicações dos Espíritos. O exemplo maior foi o apóstolo Paulo: de perseguidor, passou a ser perseguido, experimentando na carne o que fez aos outros. Vamos mostrar-te um exemplo: se porventura os Espíritos falassem claramente aos judeus que Moisés experimentou instantes nas regiões purgatórias, sofrendo por seus deslizes, eles aceitariam? Isto chocaria seus princípios e eles entrariam em perturbação. Por isso determinadas revelações não podem ser ditas claramente, a não ser para Espíritos já preparados para ouvi-las.

Somente depois que o poço está pronto é que a água aparece. Devemos ter muito cuidado no ouvir e dizer aos outros. Estamos em planos que muitos estão acima de nós, com os mesmos cuidados. O evangelista narra:

Então lhes disse: Atentai no que ouvis.

Com a medida com que tiverdes medido vos medirão também, e ainda se vos acrescentará. (Marcos, 4:24)

A lei é para todos nós, em qualquer faixa que ocupemos. Deus é justiça. Aos doentes, devemos ter os cuidados próprios de enfermos; aos ignorantes, haveremos de ter cuidados para não turvar mais suas mentes acerca da sabedoria. A natureza regula tudo na vida, de modo a chegar a todas as criaturas na diferenciação do estado espiritual de cada uma.

Existem muitas comunicações de Espíritos que falam do inferno e do purgatório, no entanto, isto ocorre por falta de conhecimentos e mesmo de recursos de linguagem para descrever o que se passa com eles. Mas, os benfeitores da eternidade, conhecedores de todas as leis e da verdade, vêm retificando as revelações, aprimorando-as.

Foi assim no caso da Doutrina dos Espíritos: Jesus enviou um grande Espírito, que se tornou conhecido como Allan Kardec, com a consciência de luz para saber conversar com os Espíritos preparados para isso, de modo a codificar essa doutrina de luz e de maiores entendimentos espirituais. Ei-la aí, nas tuas mãos. Estamos fazendo um simples trabalho, sob a Sua inspiração, para melhor servir aos que desejam estudar o Espiritismo e, ainda mais, pedimos a todos que orem pedindo a Jesus mais esclarecimentos sobre o que lêem.

Devemos orar todos juntos para que o Mestre dos mestres nos mande mais subsídios, no engrandecimento dos valores que sustentam "O Livro dos Espíritos". Esse é o nosso maior desejo.

 

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