FILOSOFIA ESPÍRITA - VOLUME I

 

Questão 35 comentada

CAPÍTULO 35

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O SEGREDO DO ESPAÇO

 

Em todos os lugares da criação de Deus existem segredos. O segredo é a chama da esperança e nos dá um motivo para trabalhar, esperando o melhor e as mudanças, para a nossa felicidade.

Quantos perguntam se o espaço é infinito, ou se é limitado, e qual a resposta mais inteligente? Certamente é dizer que o espaço é infinito, caso contrário a pergunta seguinte será mais difícil: - "e depois do limite, o que existe"? Falando que é infinito, cessam as interrogações acerca da extensão do espaço, porque a mente humana não é capaz, mesmo com a razão mais apurada que seja, de perceber o que é o infinito. Falta-lhe sentido para tal reconhecimento, valor esse muito comum nas regiões superiores onde residem os Espíritos puros, formando a Grande Fraternidade a serviço do bem comum.

A humanidade vive em uma pequena terra que, em comparação com a vastidão infinita, nem existe, pelo tamanho que pode apresentar diante da criação de Deus. Em torno dela circula uma matéria mais ou menos rarefeita, denominada ar, que caminha com o planeta por onde quer que ele vá, ajudando na sustentação da vida no ambiente em que permanece. Esse ar é mais grosseiro, é mais físico, na medida que se aproxima mais da Terra, em grandes alturas ele é mais sutil, mais apurado na sua estrutura. Ele, como é matéria, está preso pela lei da gravidade, como que entrelaçado entre energia solar e raios de luz que as estrelas despejam em todas as direções. E o espaço entre os mundos, onde não existe ar, está vazio? Não, não existe vazio na criação. O Éter Cósmico interpenetra tudo como agente da vida, levando a mensagem de Deus em todos os rumos. Por ele é que se cumprem todas as leis, onde se expressa a vontade do Soberano.

Dá para deduzir que, se nós podemos constatar a matéria invisível na sua dinâmica de purificação, qual é a inteligência que tudo isso organizou? Se os maiores cientistas do mundo percebem uma mecânica universal perfeita em todos os rumos, foi alguém que a estruturou, pela feição inteligente da criação da natureza!... Como negar a intervenção de uma sabedoria maior atrás de tudo que existe? E se existe Deus, nós também existimos, e é isso que tentamos explicar e levar os homens a compreender: a necessidade do intercâmbio entre os Espíritos desencarnados e os encarnados, para que os segredos, ou alguns deles, sejam desvendados, e, neste rasgar do véu de Isis, quanto conforto não aparecerá na filosofia para o bem-estar das criaturas? Eis a missão da Doutrina dos Espíritos que, cada vez mais, cresce no mundo das formas, induzindo os homens à modificação interior, à vivência dos preceitos ensinados e vividos por Jesus.

Se o espaço é infinito, tudo é infinito. O grande e o pequeno têm os mesmos valores. E se nós disséssemos que o grande e o pequeno são do mesmo tamanho? Isso confunde de certa forma, as ideias dos homens, levando-os a pensar, pelo menos dentro do limite que a razão alcança. Se não há nem baixo, nem alto, as distâncias se confundem com o perto e o longe, e tudo que dizemos ser o mal, é o bem que se aproxima da criatura. Por enquanto, estamos vivendo em um mundo relativo, para depois entrarmos na vida eterna, na vida absoluta.

Desejamos às criaturas que nos ouvem, que despertem os valores, como luzes para os próprios caminhos. E que seja a f é a semente divina a nos levar para o maior entendimento das coisas necessárias. Os segredos de Deus são igualmente infinitos, e pela nossa vontade e esforço eles irão desabrochando diante de nós, em seqüências intermináveis.

 

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