Prefácio de Bezerra de Menezes - Filosofia Espírita - Volume XIX

 

Que Jesus abençoe nosso amigo Miramez, na sua iniciativa de escrever, pelos processos mediúnicos, a coleção “Filosofia Espírita”, mostrando aos irmãos encarnados a extensão doutrinária de “O Livro dos Espíritos”, obra basilar do Espiritismo organizada por Allan Kardec, codificador desta doutrina que tanto amamos.

O espiritismo com Jesus é o próprio progresso. Ele partiu da codificação, mas, por lógica, não deve ficar somente nela, por isso prossegue cada vez mais trazendo meios e métodos de educação da sociedade, no sentido de tornar mais fácil o aprimoramento espiritual.

Sentimos, os Espíritos que trabalham em nome de Jesus para o bem-estar da humanidade, para que ela cresça na luz do amor, muita alegria, de ver e sentir, principalmente no Brasil, a influência de pessoas para os templos espíritas, lançando as mãos ao arado sem olhar para trás. Quantas e quantas criaturas se integram às fileiras do bem, aquele bem que anima todos os ideais para servir!

Não se pode esmorecer diante de tanta esperança e os Espíritos, sob o comando de Jesus, estão trabalhando, mandando recados todos os dias por vários canais mediúnicos, para melhor entendimento dos povos. A literatura espírita se avoluma cada vez mais, procurando despertar nos homens os sentimentos de amor que eles já possuem. São os talentos de ouro na profundeza da vida, colocados por Deus.

Por que esmorecer, se tudo caminha na posição ordenada? Deus está presente em todos os acontecimentos. Todas as nações são irmãs, e é nessa irmandade que está nascendo a grande fraternidade divina, fazendo unir todas elas em torno de Jesus, reconhecendo Deus como Pai de todas as coisas.

É preciso que os espíritas conheçam mais “O Livro dos Espíritos”, lendo e relendo essa obra nascida da espiritualidade superior. O conhecimento do mundo espiritual lhes trará preparo para o ingresso, sem perda de tempo, nos portais de um mundo melhor.

Não temas as modificações que as mensagens dos Espíritos proclamam; toda mudança traz rejeição em todos os nossos corpos, acostumados com tais ou quais vibrações. Luta, porque toda subida pede trabalho e sacrifício; levanta o ânimo, perdoa as ofensas e ama aos que te caluniam, trabalhando sempre da forma ensinada pelo Evangelho do Mestre. Quando estive na matéria pela última vez, acordei para essas realidades que ora abraças e isso muito me serviu, ao chegar ao mundo da realidade.

Sei que o mundo passa por duros transes, contudo, todo fim de ciclo tem de suportar a soma das extravagâncias humanas. Vê as lutas dos países para edificar a concórdia entre os povos, mas as forças negativas não se destroem de uma só vez. O trabalho é demorado, usando a força da caridade em todos os ângulos. O espírita deve ler, mas não somente ler: é indispensável trabalhar e modificar sempre para melhor. Divulgar o livro espírita é facilitar a tarefa dos Espíritos Superiores, na sua condição de inspiradores da verdade. Os livros de que falamos são sementes de Deus, que melhoram a criatura. Faze do livro um instrumento de despertamento da própria vida nos corações.

Todos somos filhos de Deus e devemos procurar a paz de consciência. Fazer a nossa parte é o nosso dever para com Deus, porque Ele já faz a d’Ele desde o princípio das coisas e ainda nos ajuda a compreender a nossa.

Este livro que ora prefaciamos com carinho é uma gota de entendimento para as mentes que buscam a água da vida. Cada frase carrega o amor do escritor, que deve crescer na lavoura da intimidade do leitor. Procura viver o que já conheces do Evangelho, que Jesus deverá renascer em teu coração, mostrando que a Doutrina é Ele voltando em particular para cada um, com a lição renovada, acalmando a consciência.

“Filosofia Espírita”, volume dezenove, é mais um marco e incentivo para a leitura da obra de Allan Kardec e para seguir os passos desse gigante da espiritualidade, que certamente te conduzirá a Jesus, onde aprenderás mais.

Centenas de Espíritos, como servidores de Jesus, estão trabalhando junto às almas nas “Terras do Cruzeiro”, na esperança de que o Brasil seja no amanhã um paraíso, onde o amor puro constitua uma realidade e, como força de Deus, possa refleti-lo em todas as nações do mundo, às quais amamos muito, entendendo que elas, no porvir, irão retribuir fartamente esse amor, pelos braços do trabalho, fazendo da Terra uma nova Jerusalém, onde as criaturas poderão ver novas Terras e novos céus.

Ao nosso companheiro Miramez, desejamos novas etapas com o mesmo êxito que tem conquistado, pois verdadeiramente essa coleção é um trabalho de fôlego, mostrando alguma coisa a mais de “O livro dos Espíritos”, como foco de luz para os homens.

BEZERRA

Alcobaça, 09 de Dezembro de 1987.

 

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