FILOSOFIA ESPÍRITA - VOLUME XVIII

 

Questão 913 comentada

CAPÍTULO 46

0913/LE

O EGOÍSMO

 

O egoísmo é verdadeiramente a chaga mais difícil de ser curada, no seio da sociedade humana. Ele gera todas as infenondades, incompatíveis com a justiça, o amor e a caridade. Encontra-se na profundeza das almas, inspirando-as para todos os tipos de mal que se possa imaginar. É capaz de mostrar o orgulho ativando muitos sentimentos que embrutecem o Espírito, pedindo somente para si, esquecendo-se de todos os outros.

Quem deseja crescer para a espiritualidade superior, deve combater o orgulho e o egoísmo em todas as suas rates, buscando arrancá-la na sua profundidade. Para isso, necessário se faz usar a inteligência, esforçando-se com a razão para descobrir onde se encontra radicado o egoísmo e trabalhar sem esmorecer para combatê-lo.

Do egoísmo derivam todos os males da sociedade. Quando as nações do mundo compreenderem essa verdade e passarem a fazer leis que se afastam do egoísmo, essas nações estarão doando o melhor para os povos. Quando falamos nestes dois antagonistas da felicidade, damos os meios de combatê-los mas, inspirados em Jesus, que para nós é a exemplificação do amor e da renúncia. Desta forma, esses dois inimigos dos povos não encontram lugar para viver.

Jesus renunciou à sua vida plena de amor nos Céus, para estimular nos homens as virtudes. Abracemos, pois, o desapego das coisas inferiores, renunciando a tudo que não nos ajude a subir. Procurando por todos os meios ajudar, servindo-nos de exemplos de fé, na conquista do amor, entreguemo-nos à fraternidade, que ela nos protegerá de todos os males, em todos os caminhos.

Em Lucas, observamos o aviso de Jesus para todos os males que o egoísmo e o orgulho geram, no capítulo vinte, versículo quarenta e seis:

Guardai-vos dos escribas, que gostam de andar, com estes talares, e muito apreciam as saudações nas praças, as primeiras cadeiras nas sinagogas e os primeiros lugares nos banquetes.

Daí é que nasce o egoísmo com todas as suas ramificações para a vida no mal, que passa a matar as sementes das virtudes que devem crescer no coração humano. Não devemos nos esquecer da humildade em todos os momentos da vida e, em seguida, do amor, da bondade e do saber. Guardemo-nos, igualmente, das lisonjas, que nos envaidecem. No amanhã, aqueles que hoje nos elogiam, podem passar a apedrejar, a caluniar, violentando a nossa mente, por não terem os valores que já possuímos. Eis o ciúme do ignorante, processando-se no ambiente da ignorância.

O egoísmo, por mais que se lhe dê combate, ainda deixa algo de si na sua estrutura de vida, que pode de novo nascer. Somente o amor isola essa praga, esse inimigo terrível do coração. Não nos esqueçamos de Jesus, que o Mestre nos ensina como livrar-nos deste inimigo, transformando-o em amor e caridade.

 

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