FILOSOFIA ESPÍRITA - VOLUME XVI

 

Questão 806 comentada

CAPÍTULO 41

0806/LE

CONDIÇÕES SOCIAIS

 

As condições sociais, como as desigualdades entre os homens, não são obra de Deus. São condições temporárias necessárias, devido à desigualdade de posições das criaturas, no que se refere à escala de aperfeiçoamento das almas. Essa condição, repetimos, é passageira, pois somente as leis estabelecidas por Deus são imutáveis no tempo e no espaço.

O bom observador notará sempre, no correr do tempo, que as condições humanas vão se transformando lentamente, e sempre para melhor. Todos os povos vão absorvendo, pela força do progresso espiritual, leis mais justas e mais humanas, vendo-se em seus semelhantes, em outra dimensão de vida. Mesmo com as facilidades que o mundo oferece hoje para o homem errar, ele acaba acertando mais, por ter sido feito para a glória da própria vida.

O orgulho nos parece que cresce mais com o egoísmo, antiga chaga que já floresceu muito, mas que agora está sendo combatida pelos seres humanos em diversas escolas filosóficas e religiosas, e pela maior escola da vida, que se chama maturidade espiritual.

Os que desconhecem as leis de Deus e a existência do Todo Poderoso se mostram duvidosos no que tange à posição do homem ante a eternidade. Não encontrando salvação para o mundo e para sua humanidade, são profetas do pessimismo, no entanto, para Deus não existe o impossível. Ele age no momento adequado e a tudo conserta, usando os próprios homens de boa vontade. As Suas leis corrigem todos os deslizes, usando dos feitos humanos como exemplos e lições para os que incorrem em erro.

As desigualdades que se vêem nos povos, o são por merecimento de cada um. Não que Deus abençoe uns mais que os outros; é devido à escala a que pertence, é força espiritual da justiça, que marca a lei de reencarnação para todas as almas em trânsito na Terra. Quem deseja viver fora da faixa a que pertence, é que sofre as conseqüências da violência acionada por si mesmo; a justiça é o mesmo amor que protege a todos. No Evangelho de João poderemos ler o seguinte, no capítulo onze, versículo dez:

Mas, se andar de noite, tropeça, porque nele não há luz.

E quem anda fora do nível em que deve viver por justiça, somente encontra trevas, por desconhecer o que deve receber e sentir por misericórdia de Deus. Não queiramos ser o que não somos. Cada criatura tem dentro de si um vigia, que lhe dá conhecimento dos seus poderes e dos seus limites, em tudo que faz e pensa. Mesmo nas condições sociais em que se encontra, por que avançar para as lutas sem as devidas armas com que possa se defender? O que acontece com um médico que não se aprimorou na arte de curar?

As desigualdades nos mostram até onde o outro já chegou, e é um convite para que possamos ir também, porque a vida oferece ensejo para todas as criaturas.

 

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