FILOSOFIA ESPÍRITA - VOLUME XVI

 

Questão 800 comentada

CAPÍTULO 35

0800/LE

O TRIUNFO DA DOUTRINA

 

Os pessimistas, dentro e fora do Espiritismo, acham que nenhuma doutrina pode mudar os homens, que estão cada vez piores moralmente, no modo daqueles analisarem. Dizem que tudo que se apresenta à sociedade é deturpado pelos que têm o poder temporal e pelos meios de comunicação.

Como se enganam esses pessimistas, que esmorecem só com o barulho, esquecendo de verificar a essência que vem pela força do silêncio! A maior força é aquela que se irradia no silêncio das ondas, que o Espírito imortal, filho de Deus, tem o dom de absorver, assimilando a mensagem do Pai nas dobras das emissões espirituais.

A Doutrina de Deus, como a Sua vontade, triunfa em toda parte, com os homens, sem os homens, ou apesar dos homens. Deus não precisa de opiniões humanas para estabelecer a harmonia na vastidão infinita da Sua criação. Os Espíritos em marcha de despertamento espiritual acordam com o tempo. Eles precisam de tempo para despertar, na gradação que lhes convém, para abrir os olhos e conhecer a verdade.

O progresso é lento, mas nunca estaciona. Os homens ou Espíritos que desejam amarrar a verdade e impedir o progresso, ficam com essas idéias somente em suas cabeças, porque a lei é evoluir, é progredir em todos os ângulos da vida. Nós estamos sob a constante influência do progresso, mesmo que não pensemos nisto, porque o despertamento das qualidades se faz pela mesma lei que nos atinge a todos. Estamos, na medida de nossos esforços, despertando constantemente qualidades em nós mesmos. é o progresso agindo na engrenagem da mente, por lei de Deus.

Qual o melhor que devemos fazer? É nos entregar à vontade do Senhor, de modo que Ele não encontre entrave em nossos corações para nos ajudar; na hora marcada no relógio da eternidade, Ele nos aparece com todos os recursos de nos fazer andar para frente, e o recurso para nos desentravar da ignorância é a dor, gênio divino de muitas mãos. Deus sempre triunfa.

Em muitos casos, tornamo-nos inimigos de alguém por nos dizer a verdade, mas essa é a tarefa dos amigos. Nós, Espíritos, quando temos ordem do mais alto, não medimos sacrifícios. Vamos abrir o Evangelho, em busca das palavras de Paulo, quando diz aos Gaiatas, no capítulo quatro, versículo dezesseis:

Tornei-me, porventura, vosso inimigo, por vos dizer a verdade?

A verdade, sabemos, tem que ser revelada gradativamente; não obstante, mesmo na gradação que comporta a alma, ela costuma rejeitá-la. é nessa hora que nos sacrificamos para anunciar as coisas de Deus, mesmo que nos custe a própria vida na Terra, ou agressões sem conta no plano que habitamos, para que possamos triunfar, na luz e na glória de Deus.

 

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