FILOSOFIA ESPÍRITA - VOLUME XV

 

Questão 763 comentada

CAPÍTULO 49

0763/LE

RESTRIÇÃO DA PENA DE MORTE

 

Certamente que quando um povo está esquecendo às leis bárbaras, esse povo se encontra subindo na escala do progresso. No entanto, quanto mais se criam leis drásticas, parece evidenciar o que se passa pelos seus corações. O povo reflete os governos e os governos refletem o povo que se encontra sob a sua direção.

A civilização humana, quando não se encontra vinculada às leis espirituais, não reconhece a Deus como o único comando de todas as coisas. Quando não percebe a necessidade de amar não só aos seus familiares, mas a toda a família humana, esse povo por dentro está brutalizado, e pode, de momento a momento, surgirem no cenário das suas vidas flagelos incontáveis, atraídos pelos seus próprios pensamentos inferiores.

A verdadeira educação não vem com aparências exteriores; a sua fonte está dentro d'alma. Se dermos uma visão em toda a Terra, acompanhando todos os acontecimentos, os desastres morais da humanidade, os caprichos dos homens, as leis feitas por eles, os presídios, os depósitos infectos em toda a Terra, as guerras sem trégua, em constante carnificina humana, enfim, em todos os sofrimentos provocados, em se somando tudo, notar-se-á, por esse reflexo de maldade e de sofrimento, qual a altura espiritual dos seres da Terra. E o que fazer em favor dos homens?

Se colhemos o que plantamos, não devemos esperar boas coisas nos fins destes tempos. Todos têm culpa registrada no cartório divino. Se não provocamos o mal de um modo, usamos de outro, o que no fundo é a mesma coisa. Quantas dúvidas não temos de todas as coisas reais? Essas dúvidas se transformam em imagens e elas são vivas, procurando inspirar os mais descrentes seja onde for.

Os que as criaram, participam do carma dentro da coletividade. Assim é com todos os outros pensamentos; elas sempre se incorporam com os seus iguais, mas levando a marca do seu criador, e esse selo indica a sua verdadeira fonte. Por esse pequeno traço notaremos outras verdades espirituais e o porquê sofremos, mesmo procurando nos libertar, alcançando a verdade.

É bom, neste momento, que analisemos, em Atos dos Apóstolos, no capítulo quatorze, versículo dezesseis, esta referência:

O qual nas gerações passadas permitiu que todos andassem nos seus próprios caminhos.

Não adianta as aparências exteriores; o que vai pelo nosso íntimo nos dirige para os nossos próprios caminhos. Isso é o comando da justiça, é o comando de Deus. Ninguém engana ninguém. Somente a verdade fica firme em todos os pontos da vida. Quem a busca, sentir-se-á aliviado no centro da consciência.

Mesmo que encontremos condenados de toda a sorte, como irmãos procuremos ajudá-los, sem condená-los mais, nem querermos ficar livres deles por processos que são sementes semeadas pela invigilância. Olhemos bem que a colheita deve surgir, de acordo com o plantio.

Os tempos vão mudando, e com eles as leis humanas, ficando cada vez mais suaves e espiritualizadas. Os homens interpretam as leis de Deus de acordo com as suas necessidades, no padrão de sua altura espiritual. O Espírito é imortal e a vida cresce cada vez mais. Essa é a nossa alegria, dentro da alegria de Deus. As leis dos homens buscam mais aproximação com as leis de Deus. Se eles não fizerem essas mudanças pelo amor, os grandes acontecimentos mostrar-lhes-ão o que deve ser feito, na linguagem que a natureza sabe usar, que se chama dor.

A pena de morte, como outras leis nascidas nas sombras, ao desaparecer nos mostrará o sol que começa a aparecer, dando sinais vida nos corações que estagiam na Terra. É a misericórdia de Deus sublimando os homens.

 

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