FILOSOFIA ESPÍRITA - VOLUME XV

 

Questão 749 comentada

CAPÍTULO 35

0749/LE

MATAR NA GUERRA

 

Os que vão para a guerra sentindo prazer em matar se encontram na faixa dos belicosos. Todos os homens procuram defender com paixão desequilibrada sua nação dos invasores ou invadem outros países com ódio incontido: são os chamados pelas trevas e escolhidos pelos seus sentimentos inferiores, na ordem das matanças.

Os soldados que se encontram no "front", podem ser influenciados pelo meio ambiente, respirando o mesmo clima de violência e, ao ouvir a voz do comando, acabam se tornando assassinos diante de Deus, pela fúria desmedida. Mesmo sendo a guerra um meio de acordá-los para a verdade, todos respondem, assim mesmo, pelos seus feitos contrários à lei de amor.

Contudo, nem todos pagam o tributo dos seus feitos com a mesma intensidade, pois levam-se em conta os seus sentimentos. Como existem muitos que foram às guerras, e não mataram, há muitos que ficaram resguardados e não compareceram às frentes, por não terem idade para tais eventos, mas que cooperaram para influenciar os matadores, os violentos e sanguinários pelos seus pensamentos, pelas suas naturezas internas. Assim, não são somente os que matam, no calor do combate que são culpados. Pelo que se sabe da força das idéias, que podem buscar longe outras pelas afinidades, os grandes culpados podem ficar escondidos dos homens, mas a justiça divina os encontrará, como se estivessem à luz do sol. Ninguém engana a Deus.

Ninguém provoca guerra por amor verdadeiro; existem princípios de guerra que aparentam defender a pátria, mas que não passam de interesses escusos, levando, muitas vezes, os países à decadência. Por que não gastam os recursos que possuem na prática da caridade? Por que tomar o que não lhes pertence? Por que não copiar a Cristo? A guerra entre os povos ainda são ranços do primitivismo; é onde vibra o orgulho de raça, e o próprio egoísmo. A humanidade deverá, com o tempo e pela lei do amor, esquecer as guerras externas, para entrar na nova era, a era da fraternidade que ajuda sem interesse egoístico, que ajuda aos seus irmãos por amor. As guerras, no futuro, deverão ir para os registros dos museus, onde as gerações deverão admirar os seus ancestrais pelo desequilíbrio de matarem seus próprios irmãos como animais. O progresso nos salva, colocando cada criatura nos devidos lugares que a sua estrutura espiritual a convida.

Tudo e todos têm direito à vida; a morte, na realidade, é processo de renovação, que somente o Criador pode acionar para as devidas mudanças. Deus é vida, e tudo feito por Ele tem a,primazia de viver n'Ele; entretanto, os corpos que são usados pelos Espíritos são mutáveis para a grandeza do mesmo e, para tanto, têm leis para garantir e processar esses fatos.

Se desejamos, podemos chamar de guerra o trabalho de Jesus, mas é uma guerra diferente, uma batalha interna, na correção dos defeitos, vícios e hábitos inferiores.

 

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