FILOSOFIA ESPÍRITA - VOLUME XV

 

Questão 738 comentada

CAPÍTULO 24

0738/LE

OUTROS MEIOS DE IMPULSIONAR O PROGRESSO

 

A necessidade da destruição se evidencia porque a humanidade fecha os ouvidos aos avisos do Evangelho, e antes deste, dos avisos dos profetas. O ser humano somente acorda com violência, por ter dentro de si a violência. As convulsões operadas em toda a Terra têm o objetivo de fazer os povos compreenderem a existência de Deus e das Suas leis, da grandeza do amor e da necessidade de o homem conhecer a si mesmo.

Muitas vezes, ficamos preocupados, querendo que as destruições atinjam somente os ignorantes, os malvados, os causadores de guerra, mas não nos preocupamos em melhorar os pensamentos, no que se refere à pureza espiritual. Não fazemos o mal, mas pensamos no mal, e desta forma, ele se encontra no nosso caminho.

Se passamos pela Terra, vestindo um corpo físico, é porque temos dividas no cartório onde há promissórias assinadas de muita gente que se encontra bem posta na Terra, aparentemente iluminada, mas que ainda não as saldou. Os arquivos da vida não dão traça, não queimam e nunca são destruídos. Somente saldando o que se deve é que a dívida se faz esquecida pela consciência.

Deus, pela Sua bondade, nos mostra muitos meios de progresso, mas nós nos fazemos surdos e cegos. Eis porque Ele usa correções drásticas para nos acordar e nos fazer compreender os nossos deveres ante a Vida Maior. Se algum justo perece nas catástrofes, sendo levado pelos flagelos, ele, no mundo espiritual, é compensado e também não sofre tanto como se pensa, porque é justo e nada teme. O que ele conquistou é seu patrimônio que o acompanha onde quer que seja. Os escandalosos, os revoltados, os que usaram para o mal as possibilidades que Deus lhes deu para fazerem o bem, a estes o mal, agora ou depois, aparece em seus caminhos. Isto não é justiça?

A humanidade continua pedindo aos céus sinais para crer. Os sinais são dados todos os dias, de que existe Deus, que a vida continua e que a reencarnação é uma verdade, e que os que morreram continuam com seus afetos. Se a vida nos fala pelas expressões materiais e não acreditamos, como poderíamos crer se os Espíritos benfeitores viessem a falar de coisas mais altas?

Analisemos o que anotou João, no capítulo três, versículo doze: -Em se tratando de cousas terrenas não me credes, como crereis, se vos falar das celestiais?

Somente com a aquisição da maturidade poderemos saber de coisas mais profundas, no que se refere a muitas interrogações. A ciência mais atuante que existe no mundo é o amor; devemos buscá-lo, pois ele nos dá a própria vida, nos ofertando os meios de convivermos melhor. A vida é linda na sua estrutura. Acompanhando a sua continuação, a carne é simples veste, e o tempo em que o Espírito a usa, em comparação com a eternidade, é simples segundo no relógio de Deus.

O que chamamos de destruição, certamente que vem de Deus, não com o assombro que lhe emprestamos, mas com a serenidade que o Senhor é capaz de conduzir até à Terra, para fazer dela um verdadeiro paraíso. Devemos suportar todos os flagelos com paciência, ponderando sempre e aprendendo suas lições na profundidade que elas nos trazem.

 

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