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LIMITES
A natureza, como mãe, imprimiu limites para o gozo dos bens terrenos, onde
podemos observar como Deus é bom, na Sua justiça e no Seu amor para com
todos os Seus filhos. Ele dotou a todos com um organismo que sabe avisar
quando já se encontra farto. Quando a imprudência passa dos limites, este
organismo sofre as conseqüências para se educar.
A disciplina é necessária em todos os campos de trabalho. Nos próprios
deveres materiais o corpo dá sinal de cansaço, pedindo para descansar,
assim como se tem vontade de trabalhar, pelo aviso interno do dever. Para
tudo Deus traçou, por leis, os limites, tanto do trabalho como do repouso
e do lazer; parte ficou como dever para o homem, que deve descobrir seus
próprios caminhos.
Os excessos, quando vêm, são carregados do enfado, e as suas seqüelas são
pesos na consciência. É neste sentido que muitos sábios aconselham o
caminho do meio em tudo o que se faz. Se existe multidão de almas
ignorantes, quantas iluminadas não existem movendo-se em corpos de carne?
Muitas e inspiradas por Deus. Jesus inspira todos os sábios da Terra,
dotando-os de todos os meios para educar e instruir a humanidade.
Deus a ninguém pune; os homens é que se punem a si mesmos, pelos seus atos
impensados e, ao passarem pelos sofrimentos, aprendem a usar os bens da
natureza com equilíbrio e amor, compreendendo que tudo é de Deus, que eles
são apenas Seus filhos, aos quais o Pai confia os valores para serem
usados com caridade.
Sempre falamos que Jesus é a maior expressão de misericórdia de Deus na
Terra. Observemos Seus feitos, que compreenderemos isso. Marcos, no
capítulo um, versículo trinta e um, assim anotou o que usamos como
exemplo:
Então, aproximando-se, tomou-a pela mão e a febre a deixou, passando
ela a servi-los.
A febre era um processo de disciplina da natureza em conseqüência de
alguma agressão a ela, mas o Mestre, por misericórdia, ordenou que a febre
cessasse, dando oportunidades à alma de redimir-se, ou não pecar mais
contra a vida.
Compreendamos logo os nossos limites. Quando os compreendemos, a paz passa
a reinar na consciência, o maior tribunal instalado dentro de nós para nos
educar, disciplinando nossos instintos, que estão vivos no mundo mental e
dominando a nossa intimidade. Podemos usar de tudo dentro do necessário,
dentro do limite. Esse é o respeito para com os outros e para com a nossa
vida.
Deus fez as leis para que pudéssemos gozar dos bens terrenos, no entanto,
a natureza traçou limites a esses gozos, evitando assim o abuso das
belezas da Terra, que são reflexos da sublimidade dos céus. A educação do
homem o faz sentir o ritmo da vida e seu coração se ilumina com a luz da
vida em Deus.
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