FILOSOFIA ESPÍRITA - VOLUME XIV

 

Questão 713 comentada

CAPÍTULO 50

0713/LE

LIMITES

 

A natureza, como mãe, imprimiu limites para o gozo dos bens terrenos, onde podemos observar como Deus é bom, na Sua justiça e no Seu amor para com todos os Seus filhos. Ele dotou a todos com um organismo que sabe avisar quando já se encontra farto. Quando a imprudência passa dos limites, este organismo sofre as conseqüências para se educar.

A disciplina é necessária em todos os campos de trabalho. Nos próprios deveres materiais o corpo dá sinal de cansaço, pedindo para descansar, assim como se tem vontade de trabalhar, pelo aviso interno do dever. Para tudo Deus traçou, por leis, os limites, tanto do trabalho como do repouso e do lazer; parte ficou como dever para o homem, que deve descobrir seus próprios caminhos.

Os excessos, quando vêm, são carregados do enfado, e as suas seqüelas são pesos na consciência. É neste sentido que muitos sábios aconselham o caminho do meio em tudo o que se faz. Se existe multidão de almas ignorantes, quantas iluminadas não existem movendo-se em corpos de carne? Muitas e inspiradas por Deus. Jesus inspira todos os sábios da Terra, dotando-os de todos os meios para educar e instruir a humanidade.

Deus a ninguém pune; os homens é que se punem a si mesmos, pelos seus atos impensados e, ao passarem pelos sofrimentos, aprendem a usar os bens da natureza com equilíbrio e amor, compreendendo que tudo é de Deus, que eles são apenas Seus filhos, aos quais o Pai confia os valores para serem usados com caridade.

Sempre falamos que Jesus é a maior expressão de misericórdia de Deus na Terra. Observemos Seus feitos, que compreenderemos isso. Marcos, no capítulo um, versículo trinta e um, assim anotou o que usamos como exemplo:

Então, aproximando-se, tomou-a pela mão e a febre a deixou, passando ela a servi-los.

A febre era um processo de disciplina da natureza em conseqüência de alguma agressão a ela, mas o Mestre, por misericórdia, ordenou que a febre cessasse, dando oportunidades à alma de redimir-se, ou não pecar mais contra a vida.

Compreendamos logo os nossos limites. Quando os compreendemos, a paz passa a reinar na consciência, o maior tribunal instalado dentro de nós para nos educar, disciplinando nossos instintos, que estão vivos no mundo mental e dominando a nossa intimidade. Podemos usar de tudo dentro do necessário, dentro do limite. Esse é o respeito para com os outros e para com a nossa vida.

Deus fez as leis para que pudéssemos gozar dos bens terrenos, no entanto, a natureza traçou limites a esses gozos, evitando assim o abuso das belezas da Terra, que são reflexos da sublimidade dos céus. A educação do homem o faz sentir o ritmo da vida e seu coração se ilumina com a luz da vida em Deus.

 

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