0706/LE
BENS DA TERRA
O solo é fonte grandiosa do que necessita o homem, no entanto, existem
leis que operam nas transformações, cujos produtos as criaturas usam para
o seu bem-estar.
Não podemos esquecer o valor grandioso do solo, que se enriquece pelas
chuvas, os raios solares e os ventos. Tudo isto enxerta a Terra de bens
imperecíveis, de modo a fazer que ela produza com maior facilidade no
campo dos valores nutritivos e confortáveis.
De onde se tiram a casa, os alimentos, os agasalhos e demais necessidades
que a civilização nos mostra? É da mãe natureza, é da velha terra, cujo
nome pronunciamos com carinho e gratidão. Essa casa de Deus muito nos
serve, mesmo aos desencarnados, corno oficina de trabalho e lazer. Ela é
uma escola que nos educa e instrui em variados favores de aprendizado.
Tudo o que usamos no mundo das forças, é ela que nos fornece; para tudo o
de que precisamos no mundo espiritual para evolução e conhecimento, a
Terra é a base acolhedora, que nos fornece sem exigências. O que queremos
mais? Tudo o que vemos, sentimos e vivemos, saiu de Deus; tudo é sagrado,
pela sua própria existência. Cumpre a nós outros respeitar e trabalhar,
ajudando-a naquilo que Deus nos propõe.
Os elementos que compõem a Terra igualmente evoluem pelo empuxo evolutivo
dos homens. A matéria se intelectualiza, pela intelectualidade dos homens.
Se tudo veio de Deus, tudo se irmana na irmandade dos homens e dos
Espíritos. Não devemos querer ser o maior de todos, ser o rei da criação
como homem; é sempre bom ter humildade.
Estudemos Lucas, no capítulo nove, versículo quarenta e oito, que diz:
E lhes disse: Quem receber esta criança em meu nome, a mim me recebe, e
quem receber a mim, recebe aquele que me enviou; porque aquele que entre
vós for o menor de todos, esse é que é grande.
É necessário que o homem compreenda, que por criança o Evangelho entende
tudo que se encontra abaixo do homem, precisando do seu apoio, da sua
ajuda. Por que querer ser o maior, se todos somos iguais e se tudo saiu
d'Aquele que criou todas as coisas?
Usemos os bens da Terra para granjear os bens dos céus, que são eternos, e
os bens dos céus são o amor e a caridade, a paz de consciência e o perdão
aos que nos ofendem e caluniam. Ajustemos os nossos sentimentos, na pauta
do amor que o Cristo nos ensinou e viveu entre os homens.
Se queremos progredir, libertemo-nos das coisas inferiores; não nos
esqueçamos de nos educar porque, pela educação, abrimos canais para o
saber. No entanto, quando de posse dessa qualidade, que possamos pedir a
Deus que nos ajude a usar os bens imperecíveis do Espírito.
Se não devemos nos apegar aos bens da Terra, certamente que não devemos
nos apegar egoisticamente aos bens do Espírito, usando todos eles para a
fraternidade universal, como sendo tudo de Deus, por amor à grande causa
da Luz.
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