FILOSOFIA ESPÍRITA - VOLUME XIV

 

Questão 703 comentada

CAPÍTULO 40

0703/LE

FINALIDADE DO INSTINTO DE CONSERVAÇÃO

 

Dos desígnios mais profundos de Deus, somente Ele é consciente. Nós estamos trabalhando sob a Sua vontade, de modo que escapa ao nosso entendimento o porquê das Suas leis. Compete aos mais inteligentes obedecer-lhes sem murmuração, sem revolta.

A finalidade dos instintos é para concorrermos com alguma coisa para o grande ideal, na execução das leis do Criador. Ele sabe o que faz, e como cooperadores na obra universal, Ele nos faculta essa graça, pelas mãos de Jesus, nosso Governador e guia dos nossos destinos.

Se meditarmos sobre o assunto, constataremos que o instinto de conservação é necessário para a vida, para que ela cresça e prospere, e que essa força divina vá desabrochando e se modificando em novos aspectos da sua própria grandeza. Os animais, por exemplo, sentem os instintos, contudo, não percebem de onde vêm, mas a bondade divina sabe como ele deve operar, e é nesse labor interno dos animais que os rudimentos da consciência vão tomando novas formas e registrando novos métodos de vida consciente.

Todas as finalidades das leis de Deus são nobres, por tomarem sempre corpos diferentes, para a maior grandeza e glória da existência do Criador.

Quando os engenheiros elaboram uma planta para erguer um edifício, os trabalhadores, que são inúmeros, desconhecendo os objetivos da mesma obra, apenas obedecem às ordens para que se possa consumar a tarefa. Assim somos nós, os trabalhadores que devemos acatar com alegria as ordens do Divino Arquiteto, sem outros pensamentos a não ser o de obediência. O que Deus faz está tudo certo. Podemos desejar aprender o porquê das coisas, mas nunca querer mudar os desígnios do Criador e, ainda pior, querer combater o que desconhecemos.

Paulo de Tarso, quando se encontrava em certas dificuldades, pedia a Jesus, no segredo dos seus pensamentos, para ajudá-lo. Ele sempre foi feliz em todos os seus empreendimentos e ainda pedia para os seus companheiros. Ouçamo-lo falando aos romanos, conforme o capítulo dezesseis, versículo vinte e quatro:

A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo seja com todos vós, amém.

Essa graça de Jesus nos mostra os caminhos para a vida mais pura, entretanto, não devemos pedir sem nos esforçarmos na melhoria de nós mesmos, trabalhando todos os dias no auto-aperfeiçoamento dos nossos sentimentos, para alcançarmos a graça de Jesus.

Ainda nos falta muita sabedoria para que possamos chegar ao ponto de compreender melhor as coisas de Deus. As nossas sensibilidades vão se aprimorando, vão despertando cada vez mais, pela força do progresso, se assim podemos dizer. Em muitos casos, nos falta o apoio da linguagem humana para expressar fielmente a verdade divina. O verbo é fraco, porém está caminhando para servir de melhor instrumento da verdade.

 

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