FILOSOFIA ESPÍRITA - VOLUME XIV

 

Questão 702 comentada

CAPÍTULO 39

0702/LE

INSTINTO DE CONSERVAÇÃO

 

O instinto de conservação é lei da natureza, agregado ria consciência, para se defender a vida em expansão em todas as latitudes da criação. Ele se manifesta em uns maquinalmente e noutros já dominando o raciocínio.

A própria lei de atração é ele em outra dimensão; a lei de afinidade é o instinto de conservação na dimensão que lhe é própria. Para conservar a harmonia, muitas coisas se encontram escondidas, para aparecerem quando oportuno.

É de grande importância observarmos nos animais como funcionam os instintos. Eles sentem o que podem comer, por onde andar, e percebem outras coisas para as quais os homens são distraídos. É esse mesmo instinto que, com o perpassar dos tempos, se ilumina com a razão, e no decorrer dos milênios avança em busca da intuição. Mas, tudo vem de Deus, o Grande Foco gerador de todas as coisas e dispensador de toda a vida.

O instinto de conservação move no mundo desde a menor formiguinha, quase invisível no solo terreno, até as aves nos céus. É uma lei universal que nada deixa escapar sem proteção, do pulsar dos átomos aos ninhos cósmicos. Nada se destrói, por ser eterna a lei de conservação; tudo se transforma para maior grandeza da vida.

Paulo, como homem de saber, não deixou de se referir a todos os assuntos para enriquecer os valores espirituais. Vamos ler a sua fala aos romanos, no capítulo quinze, versículo cinco:

Ora, o Deus de paciência e consolação vos concede o mesmo sentir de uns para com os outros, segundo Cristo Jesus.

É preciso compreender que tudo é regido pelas leis divinas e cada ser evolui em seu ritmo próprio. Muitas vezes, o ser humano não alcança a compreensão dessa lei universal da conservação, esse amor de Deus para com todas as criaturas, que em uns se expressa como instinto, em outros como razão, e em outros como intuição, e no mais alto com outras faculdades ainda inimagináveis. O amor de Deus beija todos os seres pelos fios invisíveis que nos liga a Ele, pelo Seu carinho.

Vamos conservar também, encarnados e desencarnados, em nossos corações a gratidão por esse ser incomparável que chamamos de Pai, e por Aquele que Ele nos enviou por amor, ao qual chamamos Jesus.

As leis se encontram estabelecidas na criação, e são acionadas pelas inteligências em que Deus confiou, e todos nós, já despertos, poderemos cooperar nessa engrenagem divina de ajudar naquilo que devemos fazer. As abelhas trabalham em favor dos homens. Por que os homens não cooperam com elas? Os animais sempre foram escravos dos humanos; por que estes não os favorecem mais? O ar alimenta e sustenta a vida física em toda a Terra, e o que os homens já fizeram para a sua missão tão importante? As águas, com missão idêntica, por que não fazemos mais para a sua livre circulação pelos processos da natureza? Desta maneira, o homem deve acordar e cooperar em trabalhos urgentes, em seu próprio favor.

Se quem semeia colhe, basta isso para que possamos operar nas coisas nobres da vida. A Doutrina Espírita é a voz da espiritualidade superior a nos convidar para fazer tudo com perfeição, que essa perfeição nos acompanhará em todos os caminhos.

Estudemos o instinto de conservação, que nele se encontram as raízes de todos os dons que buscamos por evolução espiritual.

 

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