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POLIGAMIA
A poligamia, como lei dos homens, é transitória, enquanto a monogamia está
mais vinculada à lei de Deus, pelos processos que se vêem na natureza,
sendo sistema mais acertado em uma sociedade mais evoluída.
No entanto, com o passar dos tempos, até o próprio casamento deverá
obedecer ao progresso. As leis de Deus se mostram nas leis naturais, que
dominam toda a criação. Convém observar que, no avançar da humanidade, a
instituição do casamento vai ganhando terreno e se aperfeiçoando, para
melhor educação das criaturas e melhor instrução das almas.
Na poligamia, há mais sensualidade do que amor, mas, com o tempo e a
evolução dos sentimentos, a atração carnal passa a se modificar e tende a
ganhar dimensão diferente, como amor universal. A humanidade já mostra
sinais evidentes de melhora neste campo, porque o rei Salomão, diz-nos a
história, tinha mil concubinas e uma mulher legítima; o Faraó Ramsés II
tinha duzentas mulheres, e os sultões antigos não deixavam por menos.
Porém, os tempos trouxeram modificações morais para essa gente e não se
vêem os homens de hoje neste desregramento como no passado. A monogamia
foi dominando pela força da evolução, de modo que a sociedade passou a
modificar as suas leis.
A poligamia, nos dias atuais, em muitos países é proibido. Ainda existem
tendências para tal desequilíbrio, mas é fora da lei e é no exercício do
que é certo que entra a renúncia obrigatória, para depois a verdade
fazer-se conhecer ë fazer conhecida a lei do amor verdadeiro e da justiça.
Quem regula e destrói leis humanas que nada têm em comum com a lei eterna
e natural, é o tempo. Se o homem deseja modificar suas leis, basta
melhorar-se moralmente, que toda mudança por dentro faz com que a natureza
mude por fora. Se construirmos harmonia, certamente que a justiça nos
levará para a harmonia; colheremos de acordo com o plantio.
A tendência do homem à poligamia nos mostra o ranço das práticas, gritando
na área animal por nossos instintos inferiores. Mas, se avançarmos por lei
do amor, a monogamia nos acena para melhores dias, vivendo com a
consciência em estado de tranqüilidade que não se perturba.
Compete a nós outros procurar o Mestre dos mestres, que é Jesus. Ele tem a
fórmula divina para vivermos em paz com nós mesmos. Tudo vibra na unidade,
e se a evolução pedir para desaparecer o casamento, mudando para um estado
melhor que ele, a razão nos diz que devemos acompanhar a vontade de Deus e
não a nossa. Tudo que evolui requer melhores condições de vida. Se os
ensinamentos do Cristo se tiverem firmado em todos os nossos passos, não
devemos ter dúvida em segui-Lo, para não errarmos o caminho.
Assim como o testemunho do Cristo tem sido confirmado em nós. (I
Coríntios, 1:6)
Se o testemunho tem sido confirmado em nós, não há mais dúvida em
segui-Lo. Ele é o nosso caminho, a nossa verdade e a nossa vida.
Se a poligamia fosse a lei de Deus, que é imutável, tornar-se-ia universal
entre as criaturas, mas, em se desfazendo, está provado que é lei humana
transitória, que passa com o despertar das criaturas de Deus. Entretanto,
se ela existiu e ainda existe em alguns lugares, mas com fortes tendências
para desaparecer, teve, e ainda tem, algum proveito, ainda que seja pouco;
se não tivesse, Deus não a permitiria.
A humanidade cresce, e com o crescimento aparecerão as mudanças do modo
que a evolução determina. O homem foi feito simples e ignorante,
entrementes, as mesmas leis de Deus eternas e naturais se encarregam de
despertar os próprios homens, na seqüência que o tempo pode marcar, em
nome d'Aquele que é a nossa luz e luz da vida.
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