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ABOLIÇÃO DO CASAMENTO
A abolição do casamento na Terra seria um desastre moral no seio da
sociedade. O casamento torna-se um meio onde a harmonia estabelece, não
somente para a reprodução ordenada, como para o trabalho de amizade e
perdão. Unem-se as almas em comunhão na Terra, de modo a aperfeiçoarem
seus sentimentos e despertarem seus valores, crescendo os deveres ante os
seus familiares.
O pai de hoje pode ser um neto de amanhã ou, em outras épocas, um filho.
Abolir uma instituição que somente faz o bem, é regredir à animalidade.
Não esmoreçamos nos caminhos da educação e da disciplina, porque a
evolução é demorada. Ninguém é criado já desenvolvido em todas as suas
qualidades espirituais. Convém recordar que precisamos de tempo,
precisamos de eras sem fim na busca da perfeição espiritual. Somente Deus
não precisa despertar qualidades, pois Ele já é a Luz de toda a criação.
Se ainda estamos dando passos incertos, procuremos pelo que pode firmar
nosso andar; se ainda duvidamos do que já aprendemos, busquemos Jesus.
Ele, verdadeiramente, é o caminho, a verdade e a vida; quem não sabe dessa
realidade? Todas as leis de Deus estão firmadas dentro das consciências. O
que fazer para compreendê-las? Consultar esse reino do Senhor que se
encontra dentro da nossa vida. O verdadeiro livro escrito pelo Todo
Poderoso está na nossa intimidade e as suas letras de luz projetam-se
constantemente nos corações, pela força do próprio Criador.
O casamento corno instituição, a união de dois Espíritos visando a
constituir uma família, obedece às leis divinas, e as leis humanas não têm
o direito de desfazer.
De modo que não são mais dois, porém, uma só carne. Portanto, o que
Deus ajuntou, não o separe o homem. (Mateus, 19:6)
O Senhor fez o homem e a mulher para que eles, no reino da carne,
prosseguissem juntos, com tarefas definidas na sociedade. Por que separar,
por que criar mudanças na ordem já existente, de modo que surja a
indisciplina? Os animais que se encontram na retaguarda evolutiva dão
exemplos inúmeros de fidelidade e de união, na simplicidade da natureza.
Os homens devem obedecer ao estatuto divino, cumprir a lei e a Sua
justiça, que o resto virá por misericórdia.
Cada vez que a Terra sobe mais na sua escalada aos mundos mais elevados,
os comportamentos humanos devem sofrer mudanças, no sentido do
aperfeiçoamento. Assim com os homens, assim, também, com os animais, só
que esses obedecem ao progresso na lentidão que oferece o estado de quem
não alcançou o raciocínio.
Procuremos entender melhor os deveres da família diante de todos os
acontecimentos, porque quem busca, acha, e a quem bate, abrir-se-lhe-á.
A abolição do casamento seria uma regressão da humanidade, uma confusão,
por faltar o respeito de uns para com os outros. Somos pelas mudanças em
vários aspectos, notadamente em mundos elevados, onde o amor é a força
dominante em todos os empreendimentos. O casamento, no nível em que se
encontra o planeta, ainda deve permanecer muitos séculos, para sofrer
algumas mudanças, de modo que a consciência não grite como sendo o
tribunal que sabe acusar e defender, pois ela reflete com perfeição a voz
d'Aquele que é a vida.
Lembremo-nos que o Mestre Jesus é a nossa esperança; Ele assistiu ao nosso
desabrochar para a luz da razão; por isso, não poderemos seguir mundo a
fora sem a Sua assistência, até quando nos tornarmos adultos e passarmos a
caminhar por nós mesmos, quando entrarmos na faixa que um grande filósofo
disse: "Conhece-te a ti mesmo", pois, conhecendo a verdade, nos tornaremos
livres.
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