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OS ANIMAIS PROGRIDEM?
Certamente que os animais progridem, entretanto, o fazem pelas
circunstâncias, e não por sua vontade. Eles estão sujeitos ao progresso
que domina toda a criação, na lentidão que lhe é própria, no entanto, os
animais, não tendo vontade, não tendo alcançado a razão, o progresso
somente atinge suas vidas na parte que pertence à natureza. No que toca ao
homem, o progresso se manifesta pelo poder da vontade, onde a inteligência
abre caminhos novos para as criaturas crescerem. É por isso que os animais
não respondem pelo que fazem. São crianças em relação aos homens, mesmo
aos mais ignorantes. O progresso dos animais obedece ao determinismo, por
não serem eles conscientes da vida nem do que fazem; são movidos pelo
instinto, que é uma força programada, quase como o computador. Tudo que
eles fazem é por instinto, e o que fazem a mais é induzido pelos homens.
Se agem errado, os próprios homens é que irão responder por seus atos fora
da lei de amor.
Os seres humanos estão sujeitos à expiação por terem certo livre arbítrio;
eles escolhem certas conveniências e o Senhor o permite para lhes dar uma
lição, e fazê-los conhecer a lei de justiça e de amor.
Não podem os animais progredirem pelo ato da própria vontade, pois eles
ainda não a têm. A sua evolução é lenta. O animal de milhares de anos
atrás é o mesmo, em se tratando da vida material. Como já falamos
anteriormente, o latido do cão é o mesmo de antes e de agora; os pássaros
cantam e voam do mesmo modo, e assim é com os outros animais. Não houve
nenhuma evolução moral; somente depois da razão é que eles, em outros
corpos, darão os primeiros passos no seu despertamento espiritual. Isso é
a sabedoria de Deus, para a paz de todas as criaturas.
Se, com os homens, a observação nos mostra o quanto vivemos brigando,
odiando e nos matando em guerras fratricidas, podemos analisar: se os
animais tivessem razão para fazer o mesmo que os homens, em que se
tornaria a vida na Terra? Os homens ainda continuam sendo animais nas suas
ações. A bondade de Deus enviou o Seu próprio Filho para sugerir a paz
entre eles, e o que fizeram eles, ou nós, com Aquele que representava o
amor de Deus?
E os que detinham Jesus zombavam Dele, e davam-Lhe pancadas. (Lucas,
22:63)
Se ao próprio Mestre, os homens não pouparam, quanto mais aos Seus irmãos
comuns, que andam com eles a caminho, que merecem, por lei divina, serem
amados, como ensinam os mandamentos? Os animais progridem, mas, graças a
Deus lentamente, para que haja paz para os homens que estão sempre em
guerras.
Os animais que sofrem, como deves observar, não é pela lei de justiça; é
pelo processo natural, para o despertamento dos talentos que existem, que
deverão se processar lentamente, igualmente. As provações e expiações por
que os homens passam, são pioradas pelo tribunal que têm nas consciências,
e que os acusa permanentemente. Então, os sofrimentos são maiores, muito
maiores que nos animais, que sofrem mais ou menos como as crianças, mas
não são acusados pela justiça interna.
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