FILOSOFIA ESPÍRITA - VOLUME XII

 

Questão 596 comentada

CAPÍTULO 35

0596/LE

APTIDÕES DIVERSAS

 

As aptidões são diversas nos animais e nas aves. O papagaio, por exemplo, pelo instinto de imitação mais avançado, procura imitar a voz do homem, mas fica somente na imitação. Ele não cria nada por sua vontade, que ainda não desenvolveu no cenário da sua evolução. O macaco, igualmente, imita por instinto certos gestos do homem, por estar na escala mais próxima deste.

Esses estudos são fascinantes, e até mesmo os cientistas neste campo ficam deslumbrados com a linha evolutiva dos animais. É certo que todos os animais têm aptidões que o tempo se encarrega de desenvolver. Tudo cresce pela força do progresso, pela força da própria vida.

A ave que repete o que ouve do ser humano o faz pela conformação dos seus órgãos vocais, mais aperfeiçoados do que em outros seus semelhantes. Isso é a natureza; ela se diversifica em tudo, dando assim uma totalidade de vida, com maior beleza. O macaco tem muitos traços bem semelhantes aos homens; essa aparência é que faz os homens estudarem essa espécie com maior interesse. Mas, é como disse o Espírito Erasto, em "O Livro dos Médiuns": "em toda a sua geração, eles não passam de macacos".

Somente no homem, dada a sua razão, é que o Espírito pode modificar as coisas e a sua vida, entender, analisar, discernir e crescer pela sua própria vontade. Podes usar um macaco e fazer dele um servo no seu lar; ensiná-lo a andar de bicicleta, e até mesmo dirigir veículo; ensinar um papagaio a cantar muitas músicas e a imitar vários sons, no entanto, eles somente fazem isso aprendendo com os homens. São aptidões incentivadas pelos homens. Os animais mesmos não sabem fazê-lo, ao passo que o homem sabe despertar a si mesmo pela razão, que se consubstancia na vontade, nas pesquisas, de modo que em muitas vezes entra a mediunidade em função, principalmente quando é em benefício da humanidade.

Não podemos deixar de anotar igualmente que todos os animais, de todas as espécies, quando não imitam a voz, nem os gestos, entendem o que o homem pacientemente, com amor, queira lhes ensinar. É uma transferência de imagens que os sentimentos podem criar.

O pensamento é força ainda desconhecida pelos homens. É neste sentido que escrevemos muito sobre a mente, para que possa interessar aos companheiros o estudo sistemático da força do pensamento. O ser humano, no amanhã, vai conhecer a força que possui, mas, depois que educar os sentimentos. A vida sem educação é uma vida animal. A educação de que falamos não é aquela só dos bancos das escolas; é a que temos por mestre Jesus Cristo, e através do livro básico: o Evangelho. A Doutrina dos Espíritos é a coadjuvante destas reformas operadas por Jesus e iniciadas por Ele.

A humanidade está sendo chamada para a luz; os homens que se fizerem de surdos deverão desocupar a Terra, para outros seres que queiram aprender a lição do amor.

 

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