FILOSOFIA ESPÍRITA - VOLUME XII

 

Questão 595 comentada

CAPÍTULO 34

0595/LE

LIVRE-ARBÍTRIO NOS ANIMAIS

 

Em se falando no livre-arbítrio, podemos dizer que os animais o têm; no entanto, ele é tão restrito, que foge à nossa percepção.

Cumpre a nós outros dizer que a liberdade dos animais é restrita às suas necessidades, ao passo que nos homens ela é mais avançada, por ter sido a razão entregue a eles pelas mãos de Deus, através dos tempos. Se o animal não pensa como os homens, não tem função neles o raciocínio, portanto não sabem escolher além das suas necessidades físicas.

Devemos estudar mais os reinos que nos são inferiores, bem como os superiores. É nesses esforços que vamos compreendendo a vida na sua mais alta dimensão. Uma certeza temos: Deus é o planejador de tudo e da Vida Maior na qual absorvemos mais vida.

Os animais não são simples máquinas automáticas; eles têm um princípio espiritual que cresce em maturidade através dos séculos e milênios. Como já falamos em mensagens anteriores, os animais, mesmos os mais rudimentares, estão em busca da luz, e neles se encontram guardados os talentos divinos a serem desabrochados, e mais tarde irão gozar das delícias que os anjos estão gozando, fruto do tempo e dos esforços individuais de cada ser.

Assim como observadores estudam o organismo humano e ainda não o compreendem suficientemente, muitos outros estudam os organismos dos animais e registram, nas suas anotações, que existe uma força inteligente que comanda esses organismos, como no dos seres humanos.

Deus está em tudo, no comando de todas as coisas. Existe uma mente instintiva programada em todas as criaturas; de acordo com a evolução, ela age com maior ou menor sabedoria, com maior ou menor exatidão. É Deus se mostrando como luz, para o entendimento de todos os observadores. Se os animais gozassem de liberdade, o que seria do mundo? A falta de razão neles é um freio, por terem o mundo mental que assimila a educação. Somente as almas já preparadas na forja do tempo e do espaço possuem o livre arbítrio; mesmo assim podes notar o que os homens, ou a maioria deles, fazem da liberdade que possuem.

Jesus foi uma bênção de Deus mandada à Terra, em favor das desenfreadas paixões dos que pensam. O Mestre desceu à carne para ensinar aos faltosos e aos ignorantes, a respeitarem as leis de Deus, irradiando-se em todo o mundo.

Não vim chamar justos, e, sim, pecadores ao arrependimento. (Lucas, 5:32)

Os céus vieram à Terra comandados pelo Governador do planeta, para consolar aos sofredores, dar pão aos que tinham e têm fome, e instruir aos ignorantes. E a Doutrina Espírita, sendo a mesma luz, não faz outra coisa a não ser a vontade do Mestre dos mestres.

O Cristo subiu aos céus na Sua grandeza, mas deixou junto a nós grandes almas instruídas, para nos instruir; ensinou a elas o amor, para que elas nos ensinassem a amar igualmente. E ainda disse, tomado de amor: "- Se eu não for, não poderei enviar outro consolador, que ficará convosco eternamente."

Eis aí o consolador, o Espírito de Verdade em forma de uma doutrina, para que todos possam desfrutar da luz de Deus em formas variadas.

 

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