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PLANTAS APARENTEMENTE SENSÍVEIS
Nem as plantas aparentemente sensíveis pensam, como já falamos em mensagem
anterior. Elas são dotadas de rudimentos instintivos, que nos animais são
mais evidentes.
Na natureza tudo está em estado de transição; por isso um reino tem alguma
coisa do outro, por obedecer à lei do progresso. Não é somente o homem que
progride; esse tem o progresso mais rápido, por ajudar na sua evolução
espiritual, enquanto os outros reinos abaixo das criaturas humanas só
recebem os impulsos que o progresso é capaz de dar.
Os minerais recebem uma força irresistível em seu desenvolvimento e chegam
ao vegetal; o vegetal, que tem mais sensibilidade do que o mineral, recebe
a influência do progresso mais acentuado e busca o reino animal; esse, com
maiores possibilidades, é transformado pelo tempo, devagar, mas com
segurança. Por lei do crescimento universal e divino, ele salta para o
reino humano, onde a razão é a marca do seu estado de rei dos reinos.
Todos os reinos da natureza se entrelaçam por ordem do Divino Saber,
ocupando lugares de destaque na condição em que passa a se expressar. Uns
têm necessidades dos outros: o homem precisa do animal, do vegetal e do
mineral, e examinando as escalas de vida todos precisam dos outros em
trocas incessantes no decorrer das eras.
A inteligência de Deus é verdadeiramente soberana; imaginemos se as
plantas e os animais falassem: quem suportaria a algazarra dos reinos? A
força que mantém a pedra, para chegar ao homem, leva bilhões de anos, o
que para a vida espiritual não passa de dias. O tempo demora onde existem
limitações na operação dos deveres morais e sociais.
As plantas mais sensíveis é certo que estão mais adiantadas que as outras
sem essa sensibilidade, porém, pensar somente os homens o fazem. Quando
ele domina os pensamentos e pode formar suas próprias idéias, inicia-se
seu livre arbítrio, embora limitado, e aí o seu calvário se expressa:
primeiramente avoluma seu carma, para depois aprender pela dor. Depois de
adquirida a razão, o que o homem faz em estado de ignorância nos põe a
pensar e a estabelecer sérias comparações entre as reações nos diversos
reinos.
Porque o que eles fazem em oculto, o só referir é vergonha. (Efésios,
5:12)
Os outros reinos, em se comparando aos homens, são crianças na escala que
compõem, mas, os homens dotados de razão, fazem da inteligência o que
Paulo menciona, e ainda muito mais, quando chegam estes momentos de
transição como passas agora.
Voltando ao assunto, notamos que o próprio organismo humano tem uma
mecânica que escapa à mente ativa. Sua inteligência, se assim podemos
chamar, é uma programação divina a que ele obedece pela força do
sub-consciente, que muitos acham ser a mente instintiva operando sobre a
mente maior. Ainda existem muitos segredos na natureza, tanto em relação
aos seres quanto aos outros reinos. Vamos todos estudar e meditar, para
aprendermos algo mais.
Ainda não conhecemos, na sua profundidade, o mecanismo das plantas, e o
organismo humano, com suas funções, esconde muitas coisas dos homens,
mesmo dos mais sábios, quanto mais o Espírito. Por isso, devemos pesquisar
sempre.
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