FILOSOFIA ESPÍRITA - VOLUME XII

 

Questão 564 comentada

CAPÍTULO 03

0564/LE

ESPÍRITOS OCIOSOS

 

A vida no universo é diversificada em todos os seus fundamentos. Quando falamos que a vida é movimento, é que realmente não existe vida sem que ela se mova. A própria linguagem se nos mostra fraca para explicarmos determinados assuntos, de modo que a compreensão se faça mais clara para os homens.

Existem Espíritos ociosos? É essa a interrogação que nos inspirou esta página. De fato, existem Espíritos ociosos, preguiçosos, que não desejam trabalhar. Pela expressão do assunto nos parece que esses Espíritos estão na quietude total. Não, os Espíritos que nada desejam realizar, estão progredindo, embora muito lentamente, sem a sua participação e, sim, pela força do progresso universal, que é a bondade do Criador. Eles dormem, mas não a lei do amor que nos sustenta a todos. Ela é dinâmica, desde a intimidade da menor partícula às galáxias, estruturando tudo na seqüência espiritual e dando a tudo condições de engrandecer-se para Deus.

Nada pára na criação, e o próprio tempo se encarrega de despertar os que dormem para a realidade cósmica. Quando acordamos, passamos a ativar a nossa parte, e crescemos com a nossa boa vontade. Na profundidade do termo, não existe ociosidade; todos caminhamos pela vontade d'Aquele que nos criou. Porém, todo sono é transitório, e, se é transitório, mesmo quando estamos dormindo, opera-se em nós o crescimento, por lei. Compete a nós outros observar essa verdade; é Deus em tudo acionando a vida para dar mais vida.

O tempo nos mostrará que o trabalho honesto nos dá prazer. Nele, e por ele, nasce a esperança, porque não existe felicidade sem trabalho, e o maior prazer dos Espíritos elevados é o labor honesto. É cumprir a vontade de Deus na seqüência que lhes é própria, sob o comando universal. Todos fomos feitos iguais. Não há razão para a desarmonia dos nossos sentimentos, nem para que a mecânica universal mude o seu ritmo. Se Deus criou o amor como lei maior, o nosso dever é amar a Ele sobre todas as coisas e ao próximo, ou a tudo, como a nós mesmos. Segue-se daí, que, sem obediência às leis estabelecidas, não existe paz para as consciências.

Se encontras alguns companheiros ociosos, e são muitos, não os julgues, nem tires deles as oportunidades do despertar para o labor. Isso provém da sua estatura espiritual. Ajuda-os com os teus recursos, porque todos nós precisamos, de algum modo, dos cireneus bem como de sermos um deles nos caminhos que trilhamos.

Quem vive nas trevas, quando conhece a luz não deixa de procurá-la. Sendo ela melhor, a própria vida nos inspira para tal desejo, e ele arde em nós por novos padrões de vida e conforto. Quem não sabe que a alegria é melhor que a tristeza, o amor melhor que o ódio, a paz melhor que a guerra? O estado de ociosidade é temporário. Quem dorme em demasia, cansa-se da ociosidade. O trabalho é saúde, um despertador de virtudes, desde que seja feito com honestidade e amor.

Já pensaste se Deus parasse de operar na Sua criação? Ele nunca entrou na ociosidade, por isso, vamos trabalhar todos os dias, por amor à causa da vida, porque quem realiza está no caminho da felicidade. Tiremos por exemplo as abelhas, as formigas, os animais, as aves, os peixes. Todos eles têm sua cota de trabalho que às vezes os homens ainda ignoram.

O Evangelho é, acima de tudo, um estatuto de trabalho para a humanidade. Trabalhar para a humanidade é lei de progresso e bem-estar para a vida na Terra, e saber trabalhar com Jesus é vida que alimenta vidas, é tranqüilidade para a consciência.

 

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