Prefácio de Bezerra de Menezes - Filosofia Espírita - Volume XII

 

"Filosofia Espírita", décimo segundo volume. Mais uma etapa de trabalho do nosso querido Miramez, que vem, através das suas possibilidades, apresentando grandioso esforço para lhes mostrar o valor maior de "O Livro dos Espíritos".

Aos que se dedicam ao estudo sistemático da Doutrina dos Espíritos, nós apresentamos mais uma obra dentro da sua simplicidade, de modo que o amor se expresse nas linhas da caridade cristã.

Devemos ter respeito para com os livros da codificação, bem como analisá-la todos os dias, se possível. No entanto, o melhor para todos é passar a vivenciar seus conceitos, que são os mesmos do Cristo. O Espiritismo com Jesus não pode ser estático; ele, além de acompanhar o progresso, força que vem de Deus, é o próprio progresso. No correr dos anos, a Doutrina mostrará cada vez mais inovações no que tange aos modos mais fáceis de compreendê-la, de compreender a Jesus.

Os seguidores da Filosofia Espírita devem observar primordialmente as duas funções do Espiritismo: educar e instruir. Dentro destas duas áreas se encontram a Terra e o Céu, a Paz e o Amor. Compreendemos que a caridade na sua feição mais alta está nas irradiações do amor, desse amor que Jesus viveu e ensinou aos homens. O fora da caridade não há salvação continua no seu maior esplendor.

Graças a Deus, os espíritas de hoje não vêem na Doutrina dos Espíritos somente reuniões de comunicações dos Espíritos, mas observam o que os Espíritos do Senhor falam, vertendo a sua mensagem que vem do coração de Deus. A mediunidade não é totalmente o Espiritismo; este usa dela para as suas comunicações. Todas as comunicações nos interessam, dependendo do modo que haveremos de observá-las, tirando de todas a seiva que nos pode ajudar como experiências ativas na comunhão com os nossos sentimentos.

Aos companheiros de ideal é que nós convidamos para uma grande luta, a guerra maior de todos os tempos: aquela que travamos dentro de nós mesmos. Os inimigos a quem nos referimos foram criados pela nossa ignorância, e haveremos de vencê-los, para estabelecer no nosso mundo íntimo a paz de consciência.

Somos todos, ou cada um, um livro divino, onde escrevemos todos os nossos atos, e quando a ignorância plasmar nele o indesejado, é de ordem de justiça que haveremos de limpá-lo com vida reta, com pensamentos retos, com palavras retas. Sabemos que fomos criados para o amor, e somente para ele, por termos nascido dele. Na obra de Deus não existem imperfeições. Somos todos perfeitos, na expressão maior que a razão pode chegar.

A Doutrina dos Espíritos é Jesus voltando para a humanidade, e está para chegar definitivamente a hora de todos compreenderem seu objetivo real de reforma íntima. A Doutrina Espírita, a mediunidade, a reencarnação são leis naturais que não se mudam. Os homens podem tentar mudar seus nomes, porém, a essência é a mesma.

Pelos instrumentos de comunicação que a humanidade tem em mãos, à hora que Jesus determinar, todos os povos sofrerão mudanças rápidas, pelos processos que a verdade pode usar para iluminar todas as criaturas. Por enquanto, as mensagens são simples traços de luz no sentido de ir acordando aos poucos os que dormem.

"Filosofia Espírita", volume doze, é mais um elo de luz, nos esplendores da corrente universal de Deus, que flui para a humanidade, pelos canais do Cristo. O "Livro dos Espíritos" é uma jóia rara dos planos superiores nas mãos dos homens, por misericórdia do Alto, para dar cumprimento à promessa do Mestre dos mestres. Se buscarmos, em cada letra se destampa uma fonte de conhecimentos, de modo a fazer crer o homem e sentir todas as leis de Deus.

BEZERRA

Belo Horizonte, 12 de Abril de 1987.

 

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